Acabou, fim da linha. Depois de um discurso inaceitável, de quem parecia estar em um mundo paralelo, o técnico Luiz Felipe Scolari dá adeus do comando da Seleção Brasileira. Depois de entregar o cargo no sábado, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aceitou e o treinador encerra a segunda passagem no comando da equipe de forma melancólica. A oficialização deve acontecer nessa segunda-feira.
Felipão assumiu a Seleção no fim de 2012, após a queda de Mano Menezes, que havia perdido o ouro olímpico em Londres na final contra o México. Visto como a solução dos problemas, Scolari teve seis meses para montar um grupo para a Copa das Confederações, e conseguiu, levando o título da competição com uma vitória avassaladora sobre a Espanha por 3 a 0 no Maracanã.
A vitória, entretanto, parece ter mascarado a necessidade de continuar evoluindo, e a Seleção Brasileira parou. A preparação para a Copa do Mundo foi criticada, e pior que isso, o time foi muito criticado durante a competição. A saída do treinador começou a ser uma certeza após a humilhação do Mineirão, na derrota por 7 a 1 para a Alemanha. Depois, na decisão de terceiro lugar, outra derrota dominante por 3 a 0 contra a Holanda, e o fim de um ciclo decretado.
Ao todo, Felipão comandou a Seleção em 29 jogos, onde conseguiu 19 vitórias, seis empates e quatro derrotas. Em amistosos, por exemplo, o treinador venceu times inexpressivos, como Bolívia, Austrália, Zâmbia, Coreia do Sul e Honduras, apesar de ter derrotado também França e Portugal. Na Copa do Mundo, foram três vitórias, dois empates e duas derrotas, uma campanha distante pelo fato de ser o anfitrião.
Quem assume?
Depois da saída de Felipão, Parreira e toda a comissão técnica, a vaga de treinador não deve demorar muito a ser preenchida. São vários nomes que surgiram como apostas de renovação: Tite, Muricy Ramalho, Cuca, entre outros. Há quem defenda a chegada de um técnico estrangeiro e a CBF já procurou o português José Mourinho, mas o treinador só gostaria de assumir em 2017.
A CBF pode, então, esperar até o fim do ano para decidir o nome do novo treinador. Dessa forma, Alexandro Gallo, treinador das categorias de base, pode assumir o comando de forma interina e comandar o time nos amistosos contra a Colômbia e o Equador, em Setembro, a Argentina, em Outubro, e a Turquia, em Novembro.