A Copa das Copas chegou ao fim por volta das 19h30, deste domingo, no Rio de Janeiro, no Maracanã, com a vitória da Alemanha por 1 a 0 diante da Argentina, com o gol feito pelo garoto Mário Götze no segundo tempo da prorrogação. Ao final dos 64 jogos, sucesso de público, show dos torcedores, eficiência de gols, belas apresentações táticas, goleadas, a frustração do hexa, mas percepção de uma boa nota quanto a estrutura e receptividade aos turistas.

Ver a seleção alemã conquistando o tetracampeonato é uma consagração de um nível ideal e exemplar de estrutura local, valorização dos clubes e campeonatos, do melhor futebol apresentado durante a Copa do Mundo e um show de simpatia. Se os argentinos tivessem vencido, independente de rivalidade sul americana, o estilo ultrapassado, retrógrado e fracassado seria mais uma vez valorizado como vimos acontecer em 1982 e 1990.

O clima sul americano contagiou todas as equipes durante a disputa da Copa do Mundo. O ambiente ao estilo “Libertadores”, torcedores participativos, passionais e sentimentais temperou ainda mais uma edição onde vimos grandes  goleiros e mesmo assim foi igualada a marca de 171 gols (melhor desempenhos das equipes em uma edição da Copa do Mundo). Desbancar os anfitriões também era uma atração a parte.

O Brasil não conseguiu ser o mesmo do futebol apresentado na Copa das Confederações. Com um meio campo ineficiente, aniquilou defensores e atacantes que ganharam destaque com piadas, memes e outras tantas imagens pelas fragilidades de nossa seleção.

A humilhação na semifinal e na disputa do 3º lugar, produziu comentários envoltos pelo contexto político eleitoral. Nada anormal para quem já viu uma ditadura se aproveitar do sucesso nos gramados para se manter no poder do país durante a década de 1970. Nada anormal para quem se manteve no poder (e aí não restrinjo a presidente, governadores e prefeitos, coloco neste saco os dirigentes de clubes/federações) com a justificativa de ficar até a Copa. Espero que a Copa comece a partir de agora a trazer o verdadeiro legado ao povo, ao país e para o principal esporte brasileiro.

Começamos a 20ª edição da Copa do Mundo com a esperança de que a “TAÇA DO MUNDO DO MUDO FOSSE NOSSA”. Um mês depois, a esperança permanece do hexacampeonato para a próxima edição na Rússia e sem a cedilha, nos restou que a “TACA DO MUNDO FOSSE NOSSA”.

Que venham as emoções de mais um ciclo mundial e que possamos estar e acompanhar na Rússia em 2018.