A reforma pontual nos gabinetes e no plenário da Câmara já estava prevista há pelo menos seis meses, mas a novidade é que um reforço na segurança da Casa será incluído no projeto. A intenção é impedir que invasões, como a realizada pelos servidores da Educação no dia 8 de outubro, não voltem a acontecer.

Arquitetos da própria Câmara já trabalham na elaboração de um projeto que estabelece a criação de uma barreira maior entre as galerias e o plenário. Segundo o presidente, Clécio Alves (PMDB), a mudança vai trazer mais segurança tanto para os vereadores, quanto para os cidadãos que assistem às atividades. “Já encomendei um estudo. Nós vamos promover não só segurança para os vereadores, mas para as pessoas que aqui vem. Nós vamos criar um mecanismo que impeça que as pessoas invada o plenário como aconteceu aqui,” afirma.

Os recursos para a reforma serão provenientes da venda da folha de pagamento dos servidores da Câmara. A licitação será realizada na próxima segunda-feira, e o banco que fizer a melhor proposta será o novo responsável pelo pagamento. Caixa Econômica, Banco do Brasil e Bradesco já demonstraram interesse no serviço, mas ainda não há previsão específica de quanto a Casa vai receber.

Sobre os danos supostamente causados pela ocupação dos servidores da Educação no plenário, Clécio Alves informa que o painel eletrônico foi reparado, assim como microfones e outras partes eletrônicas, mas que o custo do conserto não será levado aos servidores. “Houve os reparos. Eu já pedi o relatório. A empresa tem um contrato com a Câmara que a obriga a fazer o reparo. Eu quero o relatório para que seja divulgado o que foi danificado. Os valores nós não sabemos, mas eu não pretendo cobrar não. Eu faria isso se tivesse que ter contratado serviço externo para fazer os reparos,” revela.

Outra consequência da ocupação foi a não realização de seis sessões ordinárias da Câmara. Por isto, os vereadores passam a trabalhar em plenário de segunda a sexta-feira, nas próximas três semanas, em regime de autoconvocação.