Depois do pedido de liminar do Ministério Público de Goiás ter sido negado, o órgão voltou a reforçar, por meio de agravo de instrumento, a importância de se vacinar apenas os policiais e guardas civis que estejam em atividades operacionais, em contato com a população. Profissionais das forças de segurança começaram a ser imunizados nesta manhã de segunda-feira (29/3).
Na ação pública inicial, o MP pediu que, diante da escassez de vacinas, se priorize os grupos de maior risco para agravamento e óbito, principalmente aqueles com menor resistência ou com maior exposição à doença. Mas o juiz Avenir Passo de Oliveira negou a liminar, argumentando que os agentes que estão em funções administrativas costumam reforçar as ações nas ruas devido à escassez de efetivo. “Com a criação do Serviço Extra Remunerado, o administrativo está sendo realizado majoritariamente por policiais em dias de folga do serviço operacional”, comentou o juiz na decisão.
Em coletiva de imprensa, Caiado afirmou que 5% das vacinas contra a Covid-19 serão destinadas aos trabalhadores das forças de segurança pública e salvamento, incluindo a Polícia Militar, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Guardas Civis Municipais, que se encontram em atividade, em ordem decrescente de idade.
O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirmou que nessa primeira fase, quase 5 mil policiais, guardas e bombeiros com 51 anos ou mais devem ser vacinados em todo o estado. Profissionais da reserva e afastados também vão receber o imunizantes.
Rodney argumentou que todos estão expostos à contaminação. “O MP ajuizou uma ação e indeferiram esta ação. Todos estão se expondo. Não há como a gente entrar nessa discussão. Dizer aquela ou aquele se expõe menos ou mais. Por conta da quantidade de policiais afastados e o que estão indo pra reserva, temos priorizado a rua. Mas todos uma hora ou outra estão na rua e isso os torna vulneráveis”, justificou.