A Universidade Estadual de Goiás (UEG) teve o professor Antônio Cruvinel escolhido como novo reitor, na última terça-feira (29/06). Já o pleito, que ocorreu de forma online, foi realizado na quinta-feira (24/06), com votos de docentes, alunos e servidores técnico-administrativos da universidade.

Em entrevista à Sagres, o novo reitor, Antônio Cruvinel, afirmou que a UEG passou por um momento de turbulência, que acaba com a eleição, mesmo que sua posse só ocorra em agosto. “A eleição era para formação de uma lista tríplice, que oferece a prerrogativa para o governador escolher entre os três nomes dessa lista e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, respeitou o nome mais votado, o que, para a universidade, foi extremamente salutar e benéfico”.

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Vale ressaltar que a UEG vinha sob intervenção do Governo de Goiás, que teve início em setembro de 2019, após uma crise na gestão, em função de supostas irregularidades no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). A autonomia foi devolvida à instituição em abril deste ano.

“Agora precisamos passar por um bom planejamento para que a gente consiga estabilizar a instituição, solucionar gargalos administrativos que estamos vivendo para que a universidade possa, cada vez mais, dar solução para os problemas das pessoas que buscam ensino superior dentro do Estado de Goiás”, explicou Antônio.

Para Cruvinel, como a universidade é um espaço plural de ideias, o ideal é que todas as pessoas possam falar e ser ouvidas e que é isso que representaria estabilidade dentro da UEG. “Uma unidade dentro de uma instituição de ensino é algo que dificilmente alguém conseguiria, mas devemos trabalhar para o lado do diálogo, ouvir as pessoas e entender que temos o musculatura intelectual muito forte dentro da UEG”.

Durante a intervenção, a universidade passou por reformas administrativa, pedagógica e curricular. O novo reitor afirmou que a UEG é um organismo vivo e que, por isso, está em constante evolução e que as mudanças feitas tem coisas boas, que a instituição pode usufruir delas, mas que há pontos que precisam de melhorias.

Retorno das aulas presenciais

O novo reitor detalhou que a universidade terá como desafio o alargamento do orçamento, além do planejamento da volta das aulas presenciais. “Precisamos pensar com muita rapidez, de uma forma que possamos garantir vidas e, ao mesmo tempo, o ensino dos nossos alunos”.

Diante da pandemia, o primeiro semestre acadêmico a universidade só será encerrado no fim de setembro, ainda de maneira telepresencial. Para o retorno presencial no segundo semestre acadêmico, em outubro, Antônio Cruvinel afirmou que reuniões serão realizadas para que decisão possa ser tomada. “Para voltar à modalidade presencial devemos ter a segurança de que não seremos um vetor de propagação do vírus causador da nossa pandemia. Então vamos discutir isso com muita responsabilidade, entendendo que um aluno infectado poderá contaminar a todos da sala em uma única aula”.