A Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, em conjunto com outros órgãos e entidades, concluiu nesta terça-feira (22) desocupação de uma área pública na Avenida Goiás Norte, em Goiânia.

O local, que é de propriedade da prefeitura, foi invadido e funcionava há cerca de um ano como estacionamento de ônibus de uma empresa de turismo. Os muros do local foram derrubados e a companhia passará por fiscalização, como explica o diretor de fiscalização da Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo (Seplam), Paulo Rezende.

“Se houver novamente será autuada e retirado novamente isso, porque não é admissível fechar uma área que é de todos para uso de poucos, ou de apenas um. A agência vai passar por uma fiscalização, se não for constatada a documentação na prefeitura, será autuada por falta de alvará de localização e funcionamento e se não resolver pode chegar à interdição”, afirma.

Além da utilização da área pública, foi constatada outra irregularidade. A empresa de transporte também funcionava como rodoviária clandestina. Um veículo que chegou no momento da desocupação foi apreendido. O Supervisor de Núcleo de Operações e Comandos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jesiel Júnior, explica como a empresa funcionava.

“Sabíamos que existia a venda de passagens neste local, mas não sabíamos que ocorria de forma irregular. Com esta operação foi possível mapear e verificar que a venda estava sendo efetuada de forma irregular. Era um ponto de embarque não autorizado pela ANTT. Esse veículo chegou aqui à 7h da manhã, vindo de Redenção-PA, transportando 25 passageiros e foram constatados diversos bilhetes que não eram da empresa autorizada.

Segundo o proprietário da empresa Ivanilde Turismo, Francisco Adomar, a frota conta com quatro ônibus que são utilizados apenas para o transporte de mercadorias para Redenção, no Pará.  Ele prestou esclarecimentos aos fiscais e destacou que não sabia da irregularidade na utilização do terreno público.

“Eu não sabia que era área pública. Quando eu aluguei o prédio já estava com essa cerca, não fui eu que cerquei não. Como já estava cercada, aproveitei o espaço para colocar o ônibus e receber as mercadorias, pois fica mais seguro pois é uma região muito perigosa aqui”, justifica.

A ação foi acompanhada pela Defesa Civil, Secretária Municipal de Trânsito (SMT) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Com informações da repórter Juliana Gomes