Exposição Goianidades Isolantes está sendo realizada no Museu da Imagem e do Som (Foto: Sagres TV)
São 13 telas. Parecem pinturas, mas não tem nada de tinta. Tudo é feito com fitas. E a chamasa tape art, ou arte com fitas. A museóloga Juliana Carvalho de Oliveira disse que sentiu um grande impacto ao ter o primeiro contato com a exposição: “Só acreditei que não eram pinturas, ao reparar bem de perto e ver que realmente são usadas fitas”.
O Exposição Goianidades Isolantes começou esta semana e vai até 29 de novembro no Museu da Imagem e do Som (MIS), que fica na Praça Cívica. As obras foram feitas pelos artistas Jullyanderson Carvalho e João Paulo Pigosso, que explica: são usadas fitas isolante, crepe, metalizada, de pvc, enfim, vários tipos de fitas. Muita gente acredita que a fita isolante é apenas preta, mas existem várias cores”.
Telas com dois enfoques
A exposicao retrata o cerrado urbano, com animais nativos, alguns em risco de extinção, em contraste com o desenvolvimento da cidade. Outras telas fazem releituras de clássicos, sempre com um toque de goianidade. A chapada dos veadeiros é o cenário para o Abaporu. A Monalisa está numa cozinha tipicamente goiana comendo uma pamonha.
Chapada dos Veadeiros foi usada como cenário para o Abaporu (Foto: Sagres TV)
Em vídeos, o público pode conferir como as telas são feitas. Algumas exigem centenas de pequenas tiras de fitas e podem levar de 15 a 20 dias para serem concluídas. Quase sempre em exposições, a orientação é não tocar nas obras de arte, mas aqui é diferente. Uma pilastra foi transformada num mosaico com todos os tipos de fitas usadas nas telas. A ideia é que além de ver, o visitante possa tocar e sentir.
O Jullyanderson e o João Paulo trabalham juntos há 2 anos. Desde o início, expões as telas nas redes sociais. Algumas obras já foram vendidas para países como Inglaterra, Arábia Saudita e Japão. Mas esta é a primeira vez que realizam uma exposição, que têm contato direto com o público
A arte com fitas ganhou notoriedade na década de 1960 nos Estados Unidos. Quase sempre são usadas formas geométricas, pois é difícil fazer curvas com fitas, mas a dupla foi bem além. Depois de muito estudo, testes, erros e acertos, conseguiu fazer curvas, detalhes, e produzir efeitos como sombras, cores e texturas. A exposição ocorre das 9 horas da manhã às 17h30, a entrada é gratuita.
Confira a reportagem de Silas Santos
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