(Foto: Larissa Artiaga/ Sagres on)

Ajudar ao próximo sem olhar a quem nos momentos mais difíceis da vida. Essa é a missão de uma instituição não governamental e sem fins lucrativos que hoje beneficia mais de 400 pessoas, a Associação de Apoio às Vítimas de Câncer no Estado de Goiás (AAVCEG).

Fundada há cerca de 13 anos, a instituição, situada em Goiânia, auxilia vítimas de câncer e seus familiares por meio do envio mensal de uma cesta básica, roupas e produtos de higiene e saúde. Para ser beneficiada, a família não pode ter uma renda mensal maior do que quatro salários mínimos. Além disso, é necessário residir no estado de Goiás e ter presença nas oficinas realizadas pela entidade.

A assistente social Karla Cristina Duarte, afirma que além de receber os produtos, as famílias são orientadas sobre questões de ordem jurídica.

“A família tem que trazer alguns documentos para comprovar, como relatórios médicos e receitas. A gente não consegue, nesse momento, visitar todas as famílias, até mesmo por questões financeiras. Tem muitas famílias que vem de municípios de fora (fora de Goiânia), de Rio Verde, Itapuranga, Itaberaí”, aponta.

A Associação não disponiliza diretamente medicamentos para as vítimas de câncer. No entanto, elas são orientadas sobre como adquirir os remédios nas farmácias, como explica a coordenadora da entidade, Flávia Belchior da Silveira.

“Contratamos uma assistente social, implantamos as oficinas também. Tivemos que optar entre as áreas de Saúde e Assistência  Social por uma questão de registro”, explica.

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(Foto: Larissa Artiaga/ Sagres on)

A AAVCEG não possui vínculo com o hospital Araújo Jorge, contudo, muitos pacientes que fazem tratamento no hospital são beneficiados pela Associação. Esse é o caso de Renicléia Soares Morais, de 37 anos, que há cerca de um ano e meio foi diagnosticada com um câncer de útero. Ela descobriu a AAVCEG há cerca de oito meses. Apesar de estar na Associação há pouco tempo, Renicléia pontua que o trabalho de assistência social vai além das doações de mantimentos.

“Na verdade eu não sabia que existia esse tipo de ação social. Quando eu descobri o câncer, uma amiga me indicou essa Associação. Eu não sabia o que era ajudar o próximo com alguma coisa, mantimentos, roupas, medicamentos e hoje eu estou vivendo com a ajuda da Associação”, relata.

Oficinas

Há cerca de seis anos, o garoto Gustavo Henrique, de 14 anos, foi diagnosticado com um tumor no cérebro. A doença trouxe limitações, mas tudo isso fica para trás quando Gustavo está participando das oficinas realizadas pela instituição. Uma de suas atividades favoritas é a oficina de Mangá, ou desenho japonês. Com os olhos atentos, ele reproduz no papel os traços e o sorriso do personagem hamtaro.

“Nós precisamos muito. Vem conhecer a Associação, vem ajudar a gente”, convida Gustavo.

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Gustavo Henrique participa de oficina de Mangá (Foto: Sagres on)

Para a senhora Poliana, a mãe do Gustavo, as oficinas são muito mais do que um simples passatempo. Ela diz que se sente acolhida e principalmente abraçada por outras mães, pelos voluntários e pelos cerca de 14 funcionários da AAVCEG.

“O acolhimento deles aqui é extremamente especial. Tem dias que você chega aqui louco por um abraço. Elas vem, independente de quem seja, te recebem com um abraço. Tem dias que você simplesmente precisa de um abraço e elas abraçam”, salienta.

A dona de casa Luciana de Oliveira também destaca que não se sente sozinha quando está na Associação. Mãe da Ana Beatriz, de 11 anos, que foi diagnosticada com um tumor no cérebro quando tinha nove anos, Luciana teve que parar de trabalhar para cuidar da filha. Para ela, as oficinas representam um momento de tranquilidade e aprendizado.

“É uma ajuda muito grande. Eu pago aluguel, não tenho família, sou só eu e minhas duas filhas. A gente vem para cá e esquece um pouco dos problemas também, a gente é bem recebido, recebe uma cesta básica”, pontua.

O professor de Artes Lucas Miranda, um dos voluntários da entidade, é o responsável pela oficina de Mangá. Ele garante que a arte, ao pautar a alegria, é uma aliada no tratamento das vítimas de câncer.

“Você nem precisa ser formado também, as vezes você tem alguma habilidade e o principal: se você fizer de coração para outros, as vezes um sorriso de uma criança, a gente se sente até melhor. Faz bem para a gente mesmo!”, reforça.

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Leiliane Miranda apresenta Mural da Associação (Foto: Larissa Artiaga/ Sagres on)

Lucas Miranda conheceu a instituição por meio de sua irmã, Leiliane Miranda, que trabalha como Relações Públicas na instituição há quase dois anos. Segundo Leiliane, para cumprir as normas legais a AAVCEG montando um centro de convivência. A conclusão das obras depende das doações de materiais.

“Um retroprojetor, um quadro branco para projetar, cadeiras de plástico para a biblioteca e materias de construção para fazermos uma reforma. Como são vítimas de câncer, o local tem que estar adequado para recebê-los, eles têm a imunidade baixa. Então, a gente também tem essa preocupação”, resume.

Como doar

A Associação está situada na Rua 12 -A, número 75, QD.36, LT.09, no Setor Aeroporto, em Goiânia. O telefone é o (62) 3623-4601. Para ser um voluntário basta entrar em contato com a instituição.

Você também pode ajudar a AAVCEG doando mantimentos diretamente na sede ou ainda comprando produtos como garrafinhas, canetas e cadernos, que estão a venda no stand da entidade, no supermercado Bretas, que fica ao lado do Cais do bairro Goiá. O endereço do stand é Condomínio Santa Rita – Av. Santa Maria, s/n – Bairro Goiá.

Se preferir, você pode depositar qualquer valor em dinheiro na conta bancária da instituição:

Banco Itaú

Agência: 8967

Conta Corrente: 00195-2

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