O dia seguinte do primeiro jogo da decisão do Campeonato Goiano entre Atlético e Goiás foi movimentado nas redes sociais. Torcedores dos dois times apontando erros na arbitragem de Eduardo Tomaz e acusando a Federação Goiana de Futebol de favorecer o time adversário.

Erros fazem parte do futebol e vão continuar existindo. O debate e críticas são normais, porém foge do tom o comportamento desrespeitoso com ofensas e insinuações sem provas. Nós que somos profissionais de imprensa, não podemos caminhar nesta linha.

A Federação tomou a decisão de escalar um árbitro goiano para partida no Accioly, mesmo tendo um pedido do Goiás por um profissional de outro estado, de preferência alguém com escudo FIFA.

Ao escolher Eduardo Tomaz, que é um dos nossos principais nomes no apito, mostrou confiança no quadro local, no que está certo. Nossos árbitros apitam nacionalmente, jogos de do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, do Flamengo, São Paulo, Internacional. Temos três profissionais FIFA. Agora é preciso a contrapartida. As oportunidades são dadas e precisam ser correspondidas.

Erros e Acertos

No primeiro encontro entre Atlético e Goiás para definição do Campeonato Goiano teve vários lances polêmicos. Eduardo Tomaz tomou as decisões de acordo com suas convicções e não para favorecer de forma premeditada um time ou outro.

No lance do amarelo para o meia Jorginho, que já estava pendurado e não vai estar em campo na volta que será realizada no Estádio Hailé Pinheiro, entendo que foi uma atitude desnecessária a aplicação do cartão. Tanto para o jogador do Atlético, como também para o zagueiro Caetano. Discussão de jogo e que o defensor esmeraldino, certamente já sabendo da condição do adversário, fez uma armadilha. É o jogo psicológico. Faz parte.

A jogada que o Goiás pede pênalti do volante Edson em cima do atacante Luan ainda no primeiro tempo do clássico, não foi nada. Da mesma forma o pênalti assinalado em Jorginho após o toque de Yan Souto.

Mas como assim ‘toque’?

Ver o lance várias vezes e principalmente em câmera lenta traz um jogo diferente e esse tipo de toque acontece várias vezes. Quem me abriu os olhos para isso foi o ex-jogador Tim e hoje meu companheiro na Sagres.

A intensidade do toque de Yan Souto poderia até derrubar o meia Jorginho, mas não foi suficiente e isso fica claro, quando antes de cair o jogador atleticano coloca os dois pés no chão.

Lembra do jogo psicológico que destaquei lá atrás em relação ao Caetano?

O Atlético jogando em casa, apoiado por mais de 12 mil torcedores, já tinha tido um pênalti anulado de forma acertada, mas que gerou dúvidas e que precisou da interferência do VAR para mudança da decisão tomada em campo.  Tudo isso é um contexto que influência na tomada de decisões. Difícil ficar imune.

Se o Atlético reclama de toque no Jorginho, tem razão o Goiás também em reclamar de toque no Luan. Não podem existir pesos diferentes. Regra igual para ambos.

A expulsão de Reynaldo é um lance de interpretação. Ele era o penúltimo homem do Goiás e fez a falta no atacante do Atlético que corria em direção ao gol. Conseguiria finalizar antes da chegada de outro esmeraldino? É uma dúvida que Tomaz teve e que o VAR não, e por isso o chamado para a revisão. Foi quando ele mudou de idéia e decidiu aplicar o vermelho com sua nova interpretação da jogada.

E você?

As considerações a respeito da arbitragem e seus lances polêmicos são minhas e não significam que estão corretas. É minha análise e você que está aqui tem as suas conclusões das jogadas, bem como cada clube.

Semana

Serão dias complicados e tensos até a próxima decisão.  Ânimos aflorados com acusações, insinuações, xingamentos e até ameaças. Um clima horrível e bem distante do que deveria ser.

O Atlético com a vitória no Accioly pegou o favoritismo ao título que era do Goiás. A ausência de Jorginho é um grande problema para Umberto Louzer e Glauber Ramos tem ainda mais complicações que o companheiro rubro-negro. Vinícius contundido vai realizar exames e sua participação no jogo é pouco provável, Reynaldo suspenso e Nicolas ainda em recuperação.