Desde o anúncio oficial da paralisação do futebol brasileiro, clubes e jogadores buscam um acordo para amenizarem o impacto negativo na questão financeira. A Comissão Nacional de Clubes fez duas propostas à FENAPAF que inicialmente não foram aceitas. Depois veio a decisão de férias coletivas, assim os atletas terão suas férias de final de ano antecipadas em 20 dias, podendo ser estendidas para 30 caso o cenário do coronavírus não mude no país. 

Sandro e Gilvan no clássico Atlético x Goiás (Foto: Victor Garcia/ACG)

Com a questão férias definida, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deixou a cargo dos clubes definir de forma individual a redução salarial de seu elenco. No futebol goiano, Atlético, Goiás e Vila Nova se uniram para formalizar uma proposta e protocolar no Sindicato dos Atletas pedindo uma redução de 50% nos salários dos jogadores durante esse período de suspensão das competições.

As três equipes decidiram por essas medidas através de uma videoconferência realizada na última quarta-feira (25) entre Paulo Henrique Pinheiro e Marcos Egídio advogados do Atlético, Maurílio Teixeira advogado do Vila Nova e Dyogo Crosara e João Vicente, responsáveis pelo departamento jurídico do Goiás.

Para que a redução dos salários aconteça pela metade, os atletas terão de aceitar a proposta. Se isso não acontecer a tendência é que o desconto seja de 25%, já que essa porcentagem já está sendo garantida por lei por “motivos de força maior”.

Confira o artigo 503 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): É lícita, em caso de força maior ou prejuízos devidamente comprovados, a redução geral dos salários dos empregados da empresa, proporcionalmente aos salários de cada um, não podendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso, o salário mínimo da região.
Parágrafo único – Cessados os efeitos decorrentes do motivo de força maior, é garantido o restabelecimento dos salários reduzidos.”

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