O clima em Goianésia era de muita expectativa para o primeiro jogo da semifinal contra o Atlético. A cidade se vestiu de azul e branco para torcer pelo time contra o representante da Capital. Mas com um jogador expulso ainda aos 23 minutos da primeira etapa, a torcida do Azulão viu ruir o sonho de chegar à decisão do Campeonato Goiano.
O Atlético praticamente garantiu vaga na final ao vencer os donos da casa por 3 a 0, no Estádio Valdeir José de Oliveira na tarde deste domingo (28). Os gols rubro-negros foram marcados por Pipico, John Lennon e Ernandes.
No confronto de volta, que será disputado no próximo sábado no Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga, em Goiânia, o Atlético pode perder até por três gols de diferença que conquistará a vaga para a decisão do estadual. Ao Goianésia resta golear por quatro ou mais gols de vantagem para chegar à final do Goianão pela primeira vez em sua história.
Vantagem rubro-negra
Empurrado por sua torcida, o Goianésia se lançou ao ataque em busca de abrir o placar. O Atlético tentava tocar a bola e conter a pressão inicial dos donos da casa
Aos 7 minutos, João Paulo cobrou escanteio pela esquerda. Arthur subiu mais que a zaga do Goianésia, mas cabeceou por cima do gol de Bruno Colaço.
O Azulão deu o troco aos 10 minutos. Romerito levantou na área, o zagueiro salvou quando Wendel chegava para fazer o gol no interior da pequena área. Aos 15, Robston saiu jogando errado. Paulo César recuperou e invadiu a área pela esquerda, quando tentou tocar para Nonato, que entrava sozinho pelo meio, o goleiro Márcio abafou a jogada.
Aos 19 minutos, o Goianésia, que já havia perdido Jeovânio no aquecimento, ficou sem o zagueiro Luciano, que sentiu uma lesão no joelho direito, após um chute de Pipico.
A situação se complicou ainda mais para o Goianésia aos 23 minutos, quando Nonato colocou a mão na bola pela segunda vez. Como já tinha cartão amarelo foi expulso pelo árbitro André Luiz Castro.
O Atlético quase abriu o placar aos 28 minutos. Após tabela pela esquerda, Leonardo invadiu a área e chutou rasteiro para grande defesa de Bruno Colaço.
Três minutos depois, o Atlético teve outra grande oportunidade. Ricardo Jesus recebeu na área e tocou para Ernandes que chutou em cima da zaga. O rebote caiu nos pés de Pipico que tocou confiante para o gol. O zagueiro Roni salvou a bola que já havia passado pelo goleiro Bruno Colaço.
Depois de ficar acuado após a expulsão de Nonato, o Goianésia voltou ao ataque aos 38 minutos. Romerito serviu Juliano, que arriscou do bico da grande área pelo lado direito. A bola passou rente ao poste direito de Márcio.
Com um jogador a mais, o Atlético abriu o placar aos 39. Pipico recebeu na entrada da área, tabelou com Ricardo Jesus e saiu na cara do goleiro Bruno Colaço. Com muita tranquilidade, o atacante rubro-negro colocou no canto esquerdo para fazer o gol.
Aos 43, Wendell Lira foi lançado nas costas da defesa atleticana. Antes de concluir no gol, o atacante caiu. O lance revoltou a torcida do Goianésia, que queria pênalti.
Ficou muito perto da final
No retorno da segunda etapa, o Goianésia criou três grandes oportunidades de empatar o jogo em apenas três minutos. Na primeira, Márcio Bispo cobrou escanteio fechado, Márcio saltou e jogou para escanteio. Na cobrança, Roni tocou de cabeça, a bola passou com muito perigo à direita do gol.
Em seguida Wendell Lira avançou pela esquerda e bateu cruzado. Com as pontos dos desdos da mão esquerda Márcio salvou o Atlético mais uma vez.
Se o Goianésia não aproveitou as oportunidades que criou, o Atlético foi mortal. Ricardo Jesus ganhou da zaga pela direita e tocou para John Lennon no interior da área, ele limpou o zagueiro Roni e bateu de esquerda no contrapé de Bruno para marcar o segundo do time rubro-negro.
Aos 10 minutos, o técnico Henry Lauar fez duas modificações na equipe. Colocou Mateuzinho e Dan nos lugares de Romerito e Juliano. A torcida chamou o treinador de burro por conta das substituições.
Ao se dirigir para o banco de reservas e foi tirar satisfação com o treinador. A situação só não ficou pior porque os demais jogadores do banco de reservas intercederam.
O Goianésia voltou a assustar aos 20 minutos. Após jogada trabalhada no meio, Roma arriscou da intermediária. Márcio não quis correr riscos e desviou pela linha de fundo.
O Atlético matou o jogo aos 21 minutos. Pipico levantou na área. João Paulo ajeitou de cabeça e Ernandes que entrava pelo meio sozinho desviou para as redes com um toque simples
Com 3 a 0 no placar, o Goianésia não esboçava mais reação. Tentava chegar nas jogadas individuais de Wendell Lira, que normalmente parava na boa marcação exercida pelo zagueiro Artur.
Aos 33, Bruno Colaço salvou o Goianésia. Pipico desviou cruzamento da direita para boa defesa do goleiro do Goianésia. No final, o Dragão tocou a bola e esperou o paito do árbitro para comemorar a grande vitória.
Ficha Técnica: GOIANÉSIA 0X3 ATLÉTICO
Local: Estádio Valdeir José de Oliveira, em Goianésia
Data: 28/04/2013
Horário: 16 horas
Árbitro: André Luiz Castro
Assistentes: Cristhian Passos e Marco Antônio Moreira
Gols: Pipico (39’/1T); John Lennon (5’/2T); Ernandes (21’/2T)
Cartões amarelos: Juliano, Wendell, Márcio Bispo e Nonato (Goianésia); Artur, John Lennon e Diego Giaretta (Atlético)
Cartões vermelhos: Nonato (Goianésia)
Renda / Público: R$ 75.000,00 / 5.000
GOIANÉSIA: Bruno Colaço; Edson Pelezinho, Fábio Silva, Luciano (Roni) e Paulo César; Roma, Márcio Bispo, Romerito e Juliano; Nonato e Wendell Lira.
Técnico: Henry Lauar
ATLÉTICO: Márcio; John Lennon, Artur, Diego Giaretta e Leonardo (Pituca); Dodó, Robston, Ernandes e João Paulo (Caio); Pipico (William Bárbio) e Ricardo Jesus.
Técnico: Waldemar Lemos