Um jogo emocionante para os poucos mais de 13 mil torcedores acompanharam nesta tarde no estádio Serra Dourada. Uma partida digna do clássico, no entanto times completamente diferentes quanto ao desejo dentro da partida. O Atlético manteve o mesmo nível de marcação, toque de bola e, claro, muitas chances perdidas.

Do lado do Goiás, que me perdoe o torcedor esmeraldino, mas apenas o Rafael Toloi demonstrou querer alguma coisa e após marcar um gol de placa, ele foi em direção ao torcedor, se ajoelhou e pediu perdão pelo fracasso no campeonato estadual. Gostei da postura, digna de um grande homem, um grande carácter, merecedor de muito sucesso na carreira. Quanto ao Jorginho, podemos falar apenas uma coisa. Aposta é assim mesmo. Pode dar certo como não. Que venha um nome de peso. Prefiro o Tite a Celso Roth. Mas vamos acompanhar os detalhes nas próximas horas.

Do lado rubronegro, uma partida impressionante do Ramalho, Agenor e Robston. Márcio Gabriel manteve o bom nível na marcação, começou a crescer quando descia ao ataque e foi iluminado com dois gols, um deles (na minha opinião) falha do goleiro Harlei. No ataque, Rodrigo Tiuí e Juninho voltaram a perder muitos gols, mas sorte que ao primeiro que conseguiu marcar ainda no primeiro tempo deixando tudo igual.

Ponto de desequilibro do jogo foi o Romerito. Ele melhorou o time do Goiás no setor de meio-campo, marcou o gol na primeira oportunidade esmeraldina no jogo aos 42 minutos de jogo. O Atlético acordou e começou a acertar as conclusões. E para completar, Romerito derrubou o lateral direito atleticano por trás, recebeu o segundo cartão amarelo e deixou o campo mais cedo.

Parabéns ao Atlético que chega a final contra o Santa Helena. Um jogo que promete muito toque de bola e muitos gols. Ao Goiás, não vai adiantar só mandar o Jorginho embora. As coisas parecem ser mais profundas do que eles insistem em acreditar.

O MAIOR CIRCO

O esmeraldino Edminho Pinheiro disse após o clássico com o Vila Nova que o Campeonato Goiano era um circo. De fato, em vários momentos foi. O principal picadeiro é o estádio Serra Dourada. Sinceramente,  eu achei que já tivesse visto tudo, mas nesta tarde fiquei impressionado com a incompetência, descaso ao nosso maior templo do futebol. Que o gramado estava ruim, nós já imaginávamos. É de enlouquecer você ver duas linhas laterais da grande área. Vários remendos na marcação do campo e muito buracos no gramado que a administração do estádio Serra Dourada só descobriu 30 minutos antes do jogo começar.

A cada dirigente que chegava próximo da “escorregada” fazia a mesma cara, tinha a mesma reação. Enrugava a testa e pensava “o que mais virá?”. Eduardo Carneiro, não sabia o que dizer. Cortar a grama com máquina, com tesoura manual, água, pisotear, jogar terra foi feito de tudo pouco para tentar apagar. Cadê o respeito? Cadê a responsabilidade? Será que o jogo da semifinal foi marcado hoje de manhã? Com toda sinceridade, uma situação vergonhosa.