Depois de dois anos seguidos com derrotas na Câmara Municipal, o prefeito Paulo Garcia (PT) deixou de tratar a atualização da Planta de Valores Imobiliários de Goiânia, que é a base de cálculo do IPTU, como prioridade da gestão. Os valores venais estão desatualizados desde 2005 e, desde então, são reajustados apenas pelo índice inflacionário anual. O petista informa que a formação de comissão, com 15 vereadores já indicados, é apenas cumprimento de determinação legal e que não há qualquer decisão sobre envio de projeto de Lei à Câmara depois do trabalho do grupo, que também reunirá membros da sociedade civil e da Secretaria de Finanças. “A conjuntura modifica. O que é prioridade em um ano anterior, não necessariamente é no ano subsequente”, reconsidera. A elaboração de projeto que tenha como consequência o aumento no IPTU depende, segundo o prefeito, da análise da “conjuntura econômica”. “Lógico que o contingenciamento fiscal é necessário, mas o que podemos, em tese, comemorar é que a crise em Goiânia foi antecipada”, avalia.

Na mira

Vereadores, principalmente da base do prefeito, têm pressionado o Paço para que a atualização da Planta e possível aumento do IPTU fiquem para os próximos anos.

Redes inimigas

Os apoiadores percebem o risco para as candidaturas à reeleição em 2016 por conta, principalmente, da profusão de listas com foto e nome de cada um que vota a favor de aumento de impostos.