Com as regras estabelecidas pelo Conselho Estadual de Saúde nesta quarta-feira (19), dificilmente as aulas presenciais retornarão em Goiás em 2020. De acordo com o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandro, o retorno às salas de aula só deve ocorrer caso haja redução da taxa de ocupação de UTIs por Covid-19 e de óbitos pela doença, e que esses índices se mantenham estáveis por pelo menos um mês.

“Será quando tivermos uma taxa de ocupação de UTI Covid menor ou igual a 75% sustentada por quatro semanas. Hoje estamos na casa de 82% até 86%, variando”, afirma. “O outro critério é uma redução da taxa de óbitos, pelo menos 15%, também sustentada ao longo de quatro semanas”, complementa.

Em julho, o Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás já havia determinado que as aulas presenciais ficariam suspensas até o fim de agosto. Depois, ficou definido que o regime de aulas não presenciais (Reanp) fosse mantido até dezembro deste ano.

Apesar das regras definidas hoje (19), o próprio secretário acredita ser difícil que alunos e professores retornem às salas de aula no estado em 2020.

“Vamos supor que no final de setembro alcance esses índices, e considerar quatro semanas, já estaríamos no final do ano. Dificilmente, sendo extremamente claro, e honesto com a população, dificilmente esse ano teremos volta às aulas presenciais”, pontua.

Por fim, Ismael Alexandrino disse que a maneira mais segura de voltar à aulas é com a existência de uma vacina contra a Covid-19, discurso defendido pelo próprio governador Ronaldo Caiado.

“A gente entende que isso gera sim uma dificuldade logística com os pais, as crianças, com os profissionais da educação, mas é a medida mais segura mesmo porque ainda não temos vacina”, conclui.

Segundo último boletim epidemiológico divulgado pela SES-GO, Goiás possui 109.560 casos confirmados de Covid-19, 2.475 mortes e 99.492 recuperados. Além disso, são 170.976 casos suspeitos e 58 óbitos em investigação.