Aumento de carga horária leva servidores da justiça a paralisar atividades por todo o Brasil   Em Goiás, contrários a Resolução 88, trabalhadores querem remunerações equivalentes. Entrevistado por Nayara Cristina, da Rádio 730, vice-presidente do Sindijustiça fala sobre os motivos da reclamação da categoria, faz contra-proposta e ainda critica juízes; leia e ouça    Os servidores da Justiça realizam hoje (21) uma paralisação em todo o Brasil. A manifestação ocorre em resposta a Resolução 88 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estabelece o aumento do tempo de serviço, sem a compensação salarial. De acordo com o vice-presidente do sindicato dos servidores da justiça (Sindijustiça), Norval Barbosa, já que os trabalhadores vão trabalhar mais, precisam ganhar o equivalente.   “Se vai aumentar de 6h para 8h, teria que, no mínimo, pagar 25% a mais de salário e isso não veio na proposta, não veio na resolução”, reclamou ele em entrevista a Rádio 730.   Contra proposta Os servidores da justiça têm uma contraproposta a fazer. Trata-se de definir a jornada de trabalho em 12h, dividida em dois turnos. No entanto, segundo Norval Barbosa, não dá para os trabalhadores aumentarem a jornada de trabalho sem que tenham uma recompensa salarial.   E antes do término da entrevista, o vice-presidente do Sindijustiça ainda alfineta os juízes. “Nós defendemos, também, que os juízes trabalhem oito horas também, aliás já que nem as seis eles fazem de expediente no Fórum. Até porque o salário deles é razoavelmente melhor” finalizou.   Em Goiás A paralisação ocorre no mesmo dia em que o Tribunal de Justiça realiza o mutirão judiciário. Norval Barbosa informou que a recomendação dada para os servidores é de que atendam somente questões emergenciais, como a emissão de alvarás de soltura. No Estado existem 6 mil servidores.   Ouça, na íntegra, a reportagem de Nayara Crisitina {mp3}http://www.novo.radio730.com.br/images/stories/2009/Outubro/21/NAYARA__SERVIDORES{/mp3}