Secretário de Indústria e Comércio do governo do Estado, Alexandre Baldy é cauteloso ao comentar a possibilidade de se desincompatibilizar para disputa da prefeitura de Anápolis. Na avaliação dele, que já foi nome forte para representar o PSDB na sucessão da cidade, ainda não é o momento para essa discussão.

“As negociações, para todos os postulantes, continuam de forma articulada. O PSDB tem sido comandado pelo seu presidente e as pré-candidaturas estão mantidas. Temos o prazo até junho para decidir se vamos candidatar ou não. Um mês é uma eternidade e temos muito tempo para que a base do governador Marconi Perillo seja bem representada”, afirmou, ao repórter Rubens Salomão.

No entanto, ele admite: “O desejo pessoal de qualquer agente de dirigir uma cidade como Anápolis é muito grande. Quem disser que não tem essa vontade está mentindo”.

Efeito Cachoeira

Indicação do senador Demóstenes Torres para o governo, Baldy afirma que a onda de denúncias desencadeada pela operação Monte Carlo é uma chance para “renovação” do meio político. Ele disse esperar que o eleitor tenha a capacidade de diferenciar “pessoas sérias, as que tem responsabilidade em atos ilícitos e as que não tem”.

Baldy admite ter relacionamento pessoal com o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal, que sempre foi conhecido e respeitado em Anápolis, mas comenta.

“Uma relação pessoal, que não tem a ver com o campo profissional ou com alguma atividade que não seja ilícita. É muito importante que se separe quem tem ligações a atos ilícitos e quem tem relação pessoal que não interfere no trabalho”.