Eduardo Baptista, novo técnico do Atlético Clube Goianiense, tem uma dura missão pela frente: classificar o Dragão para a final da Copa Sul-Americana e ainda salvar o time do rebaixamento para a Série B. A primeira batalha acontece nesta 5ª feira, às 21:30, no Serra Dourada, pela competição continental, e as palavras do treinador dão o tom do que ele espera logo na estreia.

“O Atlético precisa jogar também, se impor quando tiver a bola e impor riscos ao São Paulo. Devemos respeitar, mas não temer. Respeitar é estudar e saber dos pontos fortes e fracos”.

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Diante do São Paulo, resgatar o bom futebol que já foi apresentado nas Copas, mas que ainda não apareceu no Brasileirão, é um desafio para Eduardo, que reconheceu o desequilíbrio atleticano entre as competições. “As Copas – do Brasil e Sul-Americana – geram um clima diferente, de mata-mata, só tem aquele jogo, enquanto que no Brasileiro são 38 rodadas e você vai deixando pra resolver mais pra frente, então você vai perdendo o foco. Então o que falamos com eles foi exatamente isso, pra gente igualar a pegada e o comprometimento nas duas competições”.

E na tentativa de melhorar o time em pouco tempo, treinos intensos em três dias de preparação. Além do trabalho em campo, análise do que foi feito recentemente e conversas individuais com alguns jogadores. “Nós fizemos tudo isso. Analisei o jogo com um olho mais clínico. Devemos melhorar a nossa pressão, pois o time do São Paulo tem jogadores com um poder de decisão maior. Conversamos em grupo e individualmente com alguns atletas para melhorar isso. Enfrentei individualmente o São Paulo esse ano na Copa do Brasil, então é um time que tenho um banco de dados bom, que procurei utilizar para ajudar os meninos que vão entrar”, revelou Eduardo, que reforçou a aposta no elenco atleticano.

“Quando você passa por um clube em um momento difícil como agora, ninguém presta, ninguém serve, mas eu procura observar de uma maneira diferente o histórico de cada jogador e com a certeza de que um bom jogo contra São Paulo, pode projetar quem não está bem mais pra cima”.

Clima surreal

Claro que o treinador rubro-negro não revelou detalhes do que deve fazer para segurar o São Paulo de Rogério Ceni. No entanto, não escondeu sua opinião quanto à representatividade do momento com as possibilidade de decidir uma competição internacional. Aos 50 anos, com uma carreira que começou apenas em 2014 no Sport.

“Você ir pra uma final de Sul-Americana, o clima que vai ser gerado pra todos nós, será algo surreal. O ganho é pra todo mundo, em uma dimensão que só vamos saber quando passarmos desta etapa. Uma final, com título, seria, pra mim, profissionalmente muito bom. O clima entre os jogadores é de decisão”, finalizou.