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O líder da base do Governo na Assembleia Legislativa, Francisco Oliveira (PSDB), articulou apoio maciço dos deputados aliados à indicação do governador Marconi Perillo (PSDB) do atual secretário extraordinário de Articulação Polícia, o também tucano Sérgio Cardoso, para vaga de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). A intenção dos deputados é mostrar respaldo político, já que a vaga em questão é da cota do Executivo.

A manifestação foi materializada em ofício, que já conta com assinatura de 38 deputados, dos 41 da Casa. Sérgio Cardoso, que é cunhado do governador, deve aguardar ainda o pedido de aposentadoria do conselheiro e ex-prefeito de Formosa Sebastião Monteiro, o Tião Caroço, que pretende voltar à Assembleia Legislativa na eleição de outubro para, inclusive, buscar a presidência da Casa em 2019, caso eleito.

O líder da base, Francisco Oliveira, defende a nomeação. “As vagas que competem ao governo, o governo faz a indicação que bem achar importante. O secretário Sérgio está mais do que preparado para assumir a função”.

Chiquinho Oliveira ainda nega que a Assembleia possa buscar, junto ao governador, a indicação de um deputado para a vaga no TCM. “O secretário Sérgio Cardoso, caso seja o nome, contará com o respaldo da Casa. O nome da assembleia, com mais de 30 deputados, é Sérgio Cardoso”, aponta.

Apenas três parlamentares da oposição manifestaram que não vão assinar: Luis Cesar Bueno (PT), Major Araújo (PRP) e Dr. Antônio (PR). A bancada do MDB, maior partido oposicionista, foi unânime no apoio ao nome de Sérgio, segundo o líder do Governo. Por outro lado, o líder do partido, José Nelto, criticou a indicação de Sérgio Cardoso em entrevista.

“Não tenho nada contra Sérgio Cardoso, mas é cunhado do governador. É um absurdo o governador colocar o cunhado no Tribunal de Contas. Isso mostra que o governador não está preocupado com o Estado”, afirma.

Quem definiu que não assina o ofício de apoio à indicação de Sérgio Cardoso ao TCM é o deputado Luis Cesar Bueno (PT). “Chega uma indicação estranha à Casa, encaminhada pelo próprio líder, isso mostra a fraqueza do líder, que não está conseguindo emplacar as demandas da Assembleia”, considera.

A vaga no TCM será aberta com a aposentadoria do conselheiro Tião Caroço. Não há ainda a data exata para saída de Tião Caroço, mas ele deve se aposentar até o dia 7 de abril, prazo de desincompatibilização estabelecido pela legislação eleitoral. O cargo de conselheiro é vitalício e o salário atual é de R$ 30,4 mil.

Do repórter Rubens Salomão