O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se tornou acionista, em 2020, de empresas como a Mesbla, Motoradio e Pirâmides Brasília, já falidas, além de outras companhias inoperantes ou em recuperação judicial.

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A informação é do Estadão, que identificou a entrada de capital nessas firmas como algo no sentido contrário do que a empresa tem como estratégia, que hoje visa a venda ações de companhias que já tinha em sua carteira. Porém, com a extinção do Fundo Pis/Pasep e a transferência de recursos para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Banco foi obrigado a se tornar sócio dessas empresas.

Segundo o Estadão, o BNDES destacou que as ações de firmas nessas situações foram incorporadas ao balanço da BNDESPar – empresa de participações do banco – sem custo de aquisição.

Vale ressaltar que as ações adquiridas em 2020 vieram do Fundo de Participação Social (FPS), que pode ser considerado como uma subconta do Fundo Pis/Pasep.

Ainda com informações do Estadão, a aquisição dos ativos do FPS, fez com que o BNDES se tornasse acionista das companhias: Mesbla, Motoradio, Pirâmides Brasília, Nova América, Springer, Transparana, Lorenz, Usina Santa Olímpia e Trevisa Investimentos. O banco também recebeu mais ações de Petrobras, SAM, Brasperola, Chapecó, Madef, Kosmos, Vulcabrás e Paranapanema.

Desde o início da atual gestão, em junho de 2019, o BNDES já vendeu cerca de R$ 70 bilhões, com operações bilionárias envolvendo a Petrobras e a Vale. A Petrobras que, inclusive, é a maior participação na carteira do Banco, que tem 8,1% do capital da estatal, avaliados em R$ 30,9 bilhões.

*Com informações do Estadão