Com mais de 25 dias sem chuvas e umidade relativa do ar em declínio, junho é o segundo mês do período seco na região central de Goiás. O monitoramento realizado por meio de satélite detectou em junho de 2019 um total de 217 focos de incêndio. Já em junho de 2020 temos até o momento 252 focos de queimadas em todo o Estado, um aumento de 16%.

O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, disse à Sagres 730 nesta quarta-feira (24) que duas regiões estão no topo do ranking com maior quantidade de incêndios no Estado. “Há uma disputa ruim entre a região norte e a região sudoeste. Essas duas regiões estão despontando em números de focos de incêndio”.

O boletim divide o Estado em seis regiões: oeste, central, sudoeste, sul, leste e norte. Na região norte o acumulado parcial, no período de 1° a 21 junho 2020, já foram registrados 70 focos de queimadas. No mesmo período na região sudoeste, já foram 65. No período de 15 a 21 de junho, a região sudoeste registrou 21 focos de queimadas.

De acordo com André Amorim, o principal fator para os focos de queimadas é a ação humana. “Estamos levantando algumas variáveis, uma é a deficiente pluviométrico que contribui, mas no final da situação há um movimento humano que propaga os incêndios”, disse.

Sobre o Boletim

O Boletim sobre Queimadas é produzido pela Sala de Situação de Monitoramento de Riscos e Desastres Naturais do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), e será divulgado semanalmente. O relatório faz parte do planejamento do período de estiagem no Estado.

O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás, André Amorim, disse à Sagres 730 nesta quarta-feira (24) que o objetivo do boletim é uma ferramenta para a Secretaria de Meio Ambiente do Estado e municípios. “Trazer um número de maneira facilitada, informação customizada para observar os indicativos de onde mais focos de queimadas”, afirmou.

O relatório apresenta os números de focos registrados e o comparativo com 2019, além do acumulado do ano e informações individualizadas dos municípios. Os dados do documento são obtidos por meio do satélite de referência aqua (M-T), cujos focos de calor detectados são utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como referência de dados oficiais.