O presidente Jair Bolsonaro (PL) paralisou, ao menos por enquanto, os ataques ao sistema eleitoral brasileiro e elogiou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, por ter chamado as Forças Armadas a acompanhar a eleição deste ano. Bolsonaro não mencionou outros órgãos que receberam convite semelhante, como o Congresso Nacional, Tribunal de Contas da União (TCU), Procuradoria-Geral da República (PRG), Polícia Federal (PF), além de universidades e entidades da sociedade civil.
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Ouça “#401: Bolsonaro suspende ataques ao sistema eleitoral e defende “ritmo normal” em 2022” no Spreaker.“Todos nós somos agentes desse processo. E eu tenho certeza que as eleições do corrente ano seguirão o seu ritmo normal. Eu quero cumprimentar aqui o ministro Luís Barroso que, enquanto presidente do TSE, convidou as Forças Armadas a participar de todo o processo eleitoral”, disse o presidente nesta terça-feira (19). “A alma da democracia repousa na tranquilidade e na transparência do sistema eleitoral. Sistema esse que deve ser cada vez mais zelado por nós”, completou.
“Quem dá o norte para nós são as urnas, que ali fazem surgir não só o presidente da República, bem como a composição do nosso parlamento brasileiro. Não podemos, jamais, ter uma eleição no Brasil que sobre ela paire o manto da suspeição”, defendeu Bolsonaro. O ex-presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, já disse repetidas vezes que os militares foram chamados para participar do processo de acompanhamento das eleições justamente porque participaram também da concepção da urna eletrônica e por ajudarem na distribuição dos aparelhos a locais distantes do país.

Memória
Recentemente, o pré-candidato à reeleição chegou a afirmar que só seria derrotado por Lula nas urnas, em outubro, em caso de fraude. No ano passado, Bolsonaro liderou um movimento em favor do que ficou conhecido como projeto do voto impresso —a proposição, no entanto, foi derrotada no Congresso.
Roubar a liberdade
Bolsonaro também direcionava críticas e palavras agressivas contra ministros do STF e do TSE. Para o presidente, Luís Roberto Barroso (ex-presidente do Tribunal), Edson Fachin (atual presidente) e Alexandre de Moraes (próximo presidente) seriam responsáveis por uma tentativa de “roubar a liberdade” dos brasileiros.

Aprovado
O empresário Edigar Diniz foi aprovado nas duas etapas do Processo de Seleção e Formação de candidatos do Novo para concorrer as eleições de 2022 ao cargo de governador de Goiás. O processo envolve cadastro e curso de formação on-line.
Preparação
O curso de formação tem o objetivo de preparar os candidatos para as campanhas eleitorais e para o exercício de seus mandatos, com disciplinas de Ciência Política, Liderança, Ética e Responsabilidade, Legislação Eleitoral, Planejamento de Campanha, entre outras. Segundo a legenda, são mais de 60 horas de aulas.
Unidade
“O Novo busca cidadãos comuns para atuar na política de forma ética, responsável e competente. A transformação que queremos depende de todos nós. Precisamos sair da indignação para a ação e nos tornar um agente da mudança”, aponta o pré-candidato.

No plural
Pré-candidato ao Senado, o deputado federal Zacharias Calil (União Brasil) diz serem “bem-vindas” as pré-candidaturas isoladas ao cargo. “Caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) venha a confirmar em plenário a permissão para candidaturas isoladas, não só eu, como também outros pré-candidatos seremos todos beneficiados”, avalia.
Fim do prazo
O parlamentar afirma que espera a decisão do governador Ronaldo Caiado (UB) em relação a candidatura. “Decisão que será tomada nos primeiros dias de agosto”, avisa Zacharias.

Na Justiça
O deputado federal professor Alcides teve decisão favorável no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), nesta terça-feira, 19. Agora, o pré-candidato tem situação regular para a disputa à reeleição para a Câmara dos Deputados.
Processo
Professor Alcides seguia inelegível por decisão do próprio Tribunal. É que ação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral o acusa de ter realizado gastos ilícitos com recursos públicos para fins eleitorais na campanha de 2018.