O Brasil deve desmatar aproximadamente 64 milhões de hectares de suas vegetações nativas até 2050, área equivalente ao estado de Minas Gerais. Além disso, as políticas públicas de combate ao desmatamento, a exemplo do Código Florestal, são insuficientes para que o país alcance os objetivos do Acordo de Paris, que prevê a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Essas foram as conclusões de um estudo da Universidade Oxford, da Inglaterra, publicado pela revista científica Global Change Biology em outubro. O estudo utilizou o método matemático da “modelagem de cenários”, que considera as tendências atuais para chegar a um volume estimado provável de desmatamento futuro.

Metas

O Acordo de Paris tratado exige que os países eliminem as emissões de gases do efeito estufa até 2050 – o chamado “net zero” – e estipula um limite de 1,5° C para o aumento da temperatura do planeta até o final do século 21. A conclusão do estudo de Oxford é que não basta zerar a destruição dos biomas para alcançar a meta de zerar as emissões de carbono até 2050.

O Código Florestal impõe aos proprietários rurais a obrigação de preservar parte da vegetação nativa de suas terras por meio de instrumentos de conservação, como Áreas de Preservação Permanente (APP) e a Reserva Legal. Porém, o código anistia quem já havia desmatado ilegalmente até 2018 e de não apresentou resultados significativos.

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De acordo com a MapBiomas, em publicação pelo jornal Folha de S.Paulo, a área desmatada no Brasil tem crescido há 14 anos. O país perdeu 5,8 milhões de hectares de vegetação nativa de 2008 a 2012. Essa área aumentou para 8 milhões entre 2013 e 2018, e para 12,8 milhões de hectares entre 2018 e 2022.

Este conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13 – Ação Global Contras as Mudanças Climáticas – da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidades.