A vitória na última rodada, diante da embalada Anapolina por 2 a 0, desanuviou o clima que estava pesando para os lados do Atlético Goianiense. O resultado positivo trouxe maior tranquilidade para o elenco rubro-negro e também para o técnico Marcelo Martelotte, que estava ameaçado no cargo e ganhou sobrevida ao bater o líder do Grupo B e voltar à faixa de classificação para a semifinal do Goianão.

Ainda assim, segue certa pressão por parte da torcida e também da diretoria para que o time renda mais do que vem rendendo até agora. Boas contratações foram feitas e vários problemas com salários atrasados foram resolvidos, por isso, a campanha de 15 pontos, com cinco vitórias e quatro derrotas, é vista como abaixo do esperado e a obtenção de um resultado positivo no clássico pode ser o momento de retomada no Campeonato Goiano.

Este pensamento também é o do técnico Marcelo Martelotte, que dirigiu o time rubro-negro em apenas um clássico, contra o próprio Vila Nova, e acabou sendo derrotado na ocasião. Ainda sem triunfar sobre os rivais, Martelotte vê o jogo contra o Vila como o momento certo de vencer e arrancar na temporada. “Claro que um resultado bom na partida desse sábado é importante. Clássico é um jogo totalmente diferente, até a preparação durante a semana é outra. A vitória na última rodada renovou nossa confiança e espero vencer novamente para retomar o rumo da classificação”, declara o treinador.

As duas equipes vão para o clássico sem estar no melhor momento da temporada. Para Martelotte, isso não influenciará na partida. “Retrospectiva não entra em campo. O que você pode fazer é trabalhar o psicológico de acordo com o seu momento e o do adversário. Mas o que realmente vale no clássico é o que você faz naquele momento, durante os 90 minutos. Não acredito que os últimos resultados influenciem na partida e alguém possa tirar proveito disso. O que devemos fazer é jogar futebol e desenvolver o que trabalhamos”, analisa.

A grande aposta do técnico para a partida é o nível de entrosamento que o time pode atingir, já que o trabalho vem tendo sequência desde o início do ano. “A evolução e o aprendizado de qualquer trabalho que seja só vem com a repetição. Isso nós estamos fazendo, procurando repetir para atingir a perfeição do que deve ser feito. Com o tempo você passa a conhecer melhor o grupo, saber das características de cada atleta, onde ele pode render mais e onde gosta de jogar. Dá para identificar onde o time vai bem e onde pode ser explorado. O trabalho em sequência ajuda nesses pontos e acredito que estamos atingindo um bom nível nessa questão”.