O governador Ronaldo Caiado (UB) confirmou ontem que trabalha pela unidade na base aliada, diante da atual divisão com cinco pré-candidatos ao Senado, mas não pretende forçar intervenção nas siglas para definição de candidatura única. O partido do governador conta com os pleitos dos deputados federal Delegado Waldir e Zacharias Calil, além dos nomes já lançados de Lissauer Vieira (PSD), Alexandre Baldy (PP) e Luiz Carlos do Carmo (PSC).
O governador conta que tem conversado pessoalmente com cada pré-candidato na busca de convencê-los de que a junção de forças seria a melhor estratégia, apesar da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que liberou as candidaturas isoladas. “Conversando. Tenho marcado audiência com cada um, tenho conversado e mostrado que é decisão o TSE e eu não posso interferir nos demais partidos. Não é justo também que repassem para as mãos do governador uma decisão que não é do governador. Isso é uma decisão partidária”, disse Caiado, em entrevista à jornalista Cileide Alves, da Rádio CBN.
Nos bastidores, aliados ao governador apontam que a intenção de unir os nomes e candidatura única é cada vez mais improvável e que o trabalho é para que, diante da divisão, os maiores partidos decidam por continuar na base, ao invés de fortalecer projetos da oposição, liderados pelos pré-candidatos ao governo: Major Vitor Hugo (PL), Gustavo Mendanha (Patriota) e Marconi Perillo (PSDB).

Pedido
“O que eu peço agora é que, por favor, se entendam. Tenham humildade também de saber quais chances que cada um tem, de que maneira pode se ter uma campanha compartilhada e de que maneira nós podemos avançar neste acordo”, afirmou o governador.
Rachaduras
Caiado também reconheceu, na entrevista, a importância de se manter os partidos no grupo governista. “Todos eles são partidos importantíssimos e que estão na base do governo. Então, a senatória, por uma questão de momento, ela só tem uma vaga. Então, isso não é nada trazido por mim e muito menos uma prerrogativa minha. É preciso ter o gesto de solução por parte de todos”, definiu.

Municipal
Além dos partidos, o governador trabalha para azeitar a relação com os prefeitos da base aliada. Segundo ele, tem o apoio de 231 municípios, dos 246 do estado, e ontem realizou almoço com cerca de 30 gestores da Região Nordeste, no diretório estadual do União Brasil, em Goiânia.
Colégio regional
Caiado lembrou no discurso que o Nordeste goiano e o Entorno do DF, juntos, representam a segunda região mais populosa do estado. O governador citou obras que vêm sendo feitas nas duas regiões, como ampliação do Hospital de Formosa, implantação de hemodiálise em unidades regionais.

Composição
Alexandre Baldy apresentou o nome do empresário Chico Tomazini (UB) como primeiro suplente. O pré-candidato aponta que Chico é conhecido no meio industrial e político, principalmente nas regiões Sudeste e Sul do Estado.
Agenda
Baldy e Chico, cumpriram agenda de pré-campanha em Pires do Rio, onde o empresário tem indústria. A esposa do suplente é a prefeita do município, Cida Tomazini (UB).
A conferir
Partidos e suas assessorias jurídicas ainda buscam entendimento definitivo sobre a indicação de suplentes no caso de candidaturas isoladas ao Senado dentro da coligação majoritária. Há entendimento corrente de que os suplentes devem ser do mesmo partido do candidato ao Senado, já que as alianças cruzadas foram rejeitadas pelo TSE.

Dissidência
Uma ala do MDB se reuniu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em São Paulo, na tarde desta segunda-feira (18), e oficializou o apoio de emedebistas à candidatura do petista à Presidência já no primeiro turno. A intenção do grupo é forçar desistência da senadora Simone Tebet, que mantém pré-candidatura própria pelo partido.
Tamanho
Na abertura da reunião, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirmou que a decisão foi tomada por 11 estados, dos quais 9 tinham representantes na reunião. “Estamos vindo até a presença do senhor hoje porque tomamos a decisão nos nossos estados de apoiar a sua candidatura”, afirmou Braga.