Foto: Renê Alves/Agência Senado
O governador Ronaldo Caiado disse nesta segunda-feira (3) em publicações nas redes sociais que ele e o prefeito de Anápolis Roberto Naves (PP) vão se reunir nesta terça-feira (4) com o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe para discutir a possibilidade de instalação de um espaço na Base Aérea do município para quarenta dos brasileiros que estão em Wuhan, na China, epicentro do novo coronavírus. O governo brasileiro decidiu remover os brasileiros da cidade chinesa, depois de um apelo deles em rede social.
Caiado informou que foi avisado da possibilidade da quarentena ficar em Goiás na noite deste domingo (2) pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Em entrevista à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, nesta segunda, Lorenzoni disse que a opção por Anápolis era porque na época do acidente com o césio 137 houve uma área militar que trabalhou com situação de isolamento semelhante ao que é necessário agora com o novo coronavírus.
Só que a informação do ministro está errada. Em setembro de 1987, quando ocorreu o acidente com o césio, a Secretaria de Saúde de Goiás e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) implantaram uma área de isolomamento para os radioacidentados no Condomínio Solidariedade, no Jardim Europa, em Goiânia, nas proximidades do 7º Batalhão da Polícia Militar (BPM). Foram encaminhados para esta área todas aquelas pessoas contaminadas que não precisavam ficar hospitalizadas. Os demais pacientes ficaram internados no Hospital Geral de Goiânia (HGG). Os casos mais graves, como a menina Leide das Neves, foram transferidos de avião Hércules para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro.
Na publicação de hoje (3), o governador afirmou que foi avisado pelos ministros de que as bases aéreas de Anápolis e Florianópolis passariam hoje por vistorias antes de qualquer decisão. “Se a base de Anápolis for escolhida, informações preliminares apontam que quem apresentar sintomas do coronavírus seria transportado para um hospital militar de Brasília, em segurança, seguindo rígidos protocolos técnicos que preservem a integridade da saúde e vida da população”, disse o governador. Confira a seguir
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<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Governo Federal avalia a possibilidade da Base Aérea de Anápolis montar um espaço de quarentena para brasileiros que estiveram em Wuhan (China), origem do surto de coronavírus. Fui informado domingo (2/2) à noite pelo ministro da Defesa, general Fernando, e por <a href=”https://twitter.com/onyxlorenzoni?ref_src=twsrc%5Etfw”>@onyxlorenzoni</a>.</p>— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) <a href=”https://twitter.com/ronaldocaiado/status/1224405406203744256?ref_src=twsrc%5Etfw”>February 3, 2020</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, confirmou que Anápolis e Florianópolis estão sendo avaliadas e disse que o governo vai aumentar o nível de alerta em saúde no caso do coronavírus de perigo iminente para emergência em saúde pública para facilitar o processo de repatriamento de brasileiros.