Foto: Rafael Bessa/Sagres On

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, aproveitou o evento que marcou o anúncio de um repasse de quase 22 milhões de reais para o Hospital Araújo Jorge, nesta terça-feira (17), e criticou mais uma vez o presidente da Fieg, Sandro Mabel. Ele também falou sobre a urgência pela aprovação da PEC da previdência estadual.

A proposta de emenda constitucional da reforma da Previdência do Estado continua sendo um dos principais assuntos tratados pelo governador. As vésperas do fim do ano legislativo, ele respondeu o porquê o governo tem tamanha urgência pela aprovação da PEC. “Dia 6 de janeiro de 2020 cai a liminar que garante com que Goiás não pague 270 milhões de reais de juros e de parcelas ao banco do Brasil, a Caixa Econômica, ao BNDS e ao Tesouro Nacional. Se ela cair nós não vamos conseguir cumprir nossos compromissos”, discursou.

“Nos últimos cinco meses nós não tivemos que pagar esses R$ de 270 milhões em dívidas por conta de uma liminar do Supremo Tribunal Federal, mas se essa matéria não for aprovada, infelizmente, toda capacidade e todo planejamento fiscal do Estado estará comprometido. E quem é penalizado é a saúde, a educação, a segurança os programas sociais, como também os servidores públicos, porque você deixa de ter R$ 270 milhões nos cofres do Estado.”

Questionado sobre deputados que tem se engajado mais na causa dos servidores do que nas do Governo, Ronaldo Caiado chamou de “visão míope” imaginar que o estado de Goiás tem que pensar apenas na figura do servidor em desvantagem aos 7 milhões de goianos. “Eu acho que todos nós estamos passando por um momento de extrema dificuldade e cada um deve dar a sua contribuição durante a crise. Se as pessoas acham que podem continuar desta maneira vão levar o estado de Goiás a situação do Rio de Janeiro. Nesse caso, nem aposentado e nem servidor terá como receber seu pagamento”, defende.

Caiado também voltou a tratar das críticas que o governo tem recebido sobretudo do presidente da Fieg, Sandro Mabel, que, segundo o governador, está se achando “dono do Estado”. Na declaração Ronaldo Caiado disse que é necessário esclarecer ao presidente da Fieg que a arrecadação é do Estado e ainda descreveu Sandro Mabel como “autoritarista, arrogante e de grande insensibilidade”.

“Eles não estão dando nada ao Estado, o que estamos exigindo é uma contrapartida de 15% e isso é prerrogativa nossa. Todos devem participar deste momento que estamos discutindo e deem sua cota. Se nós estamos pedindo aos servidores, nós também pediremos aos empresários. Nosso governo não trata penas um seguimento.”, explica.

O governador ainda aproveitou o discurso para se referir a entidades de classes que tem se manifestado contra as medidas propostas pelo governo. “Nesta hora de responsabilidade não temos espaço para joguinhos. Temos que entender que existem 7 milhões de goianos que não tem sindicatos. Aqui no Hospital Araujo Jorge por exemplo, quem representa essas milhares de pessoas que são atendidas aqui por dia? Qual é o sindicato deles? Quem é que está lá na galeria hoje gritando por eles?”, conclui.

* Com Reportagem de Rafael Bessa