O senador Vanderlan Cardoso foi apresentado como candidato do PSD a prefeito de Goiânia, tendo como vice, Wilder Morais (PSC). A articulação teve participação do governador Ronaldo Caiado (DEM). Ele avalia que havia uma série de pré-candidatos e Vanderlan era o nome que tinha condições políticas de provocar uma união entre diferentes líderes.

Ronaldo Caiado destacou que havia iniciado conversas com Vanderlan Cardoso e não com Maguito Vilela (MDB), que também buscava apoio do governador. Caiado relatou que tem muito respeito pelo emedebista, mas que havia uma tendência para viabilizar a articulação de Vanderlan como candidato e Wilder como vice.

“Em primeiro lugar eu iniciei a conversa com o senador Vanderlan, com o deputado Vilmar Rocha e esse foi a primeira opção que tivemos. Encaminhei assim com muito respeito a chapa do candidato Maguito Vilela, mas naquele momento havia uma interação, uma tendência para que fizéssemos uma articulação do Wilder com o Vanderlan. Havia a candidatura do Francisco Júnior, do Zacharias Calil. Houve um sentimento de aglutinar forças para que pudéssemos ter um candidato e passou a ser o senador Vanderlan.

Caiado relatou que elogiou posturas de Wilder Morais e dos deputados federais Zacharias Calil (DEM) e Francisco Júnior (PSD) que abriram mão de participar da disputa eleitoral em Goiânia.

2022

Questionado pela Sagres quanto a possíveis discussões para 2022, em meio as articulações para 2020, o governador relatou que a eleição para o governo estadual está distante e que o cenário pode ser totalmente diferente.

Caiado declarou que primeiro ele precisa estar bem politicamente, com a administração bem avaliada. O governador analisou que o sucesso de uma futura campanha, necessita de uma vitória dos aliados nos municípios e que eles também estejam bem avaliados. Por estes motivos destacados, o governador entende que ainda não dá para projetar alianças para o próximo pleito.

“Até porque isso será discutido em 2022. Nós vamos precisar primeiro ter a humildade de saber que um candidato só pode ter condições de reeleição se a administração estiver boa, da mesma maneira para que a estrutura que está hoje se consolidando em um outro momento no estado de Goiás, ou seja, com novas prefeituras, estejam bem também. Projetar para 2022 é algo difícil. Estamos no último dia de eleição, nossa aliança foi consolidada às 10 da noite. Fazer projeção para 2022 é algo muito distante e nós vamos neste momento debruçar sobre uma candidatura. Agora sim é campanha eleitoral, fora do período de trabalho é arregaçar as mangas”, destacou.

Iris

Ronaldo Caiado, Vanderlan Cardoso, Wilder Morais e outras lideranças foram ao Paço Municipal conversar com o prefeito Iris Rezende. O governador relatou à reportagem da Sagres que faz política com regras hierárquicas, e que foi preciso primeiro fazer uma visita ao prefeito Iris Rezende. Caiado não quer se indispor com Iris e pretende manter boa relação.

“Eu faço política com regras litúrgicas e hierárquicas, eu tenho essa formação, eu acredito na política de altivez, de princípios, de noção de como você deve começar e terminá-la. Foi convergência de todos nós, começar em primeiro lugar fazer uma visita ao prefeito Iris Rezende, que é uma referência nacional na política”, destacou.

O governador citou que Iris apresentou o secretariado a Vanderlan e o prefeito teria declarado que os secretários estão à disposição, assim como os dados da Prefeitura de Goiânia.

“Disse ao Iris na reunião uma frase no discurso dele que me sensibilizou: “saio da vida pública sem ter sido retirado pela política”. Ele convocou todo o secretariado, apresentou ao nosso pré-candidato ao Vanderlan, ao Wilder e disse que a porta da prefeitura está aberta para que tenha acesso a todos os dados”, argumentou.

Caiado ainda disse que há um tempo atrás a aliança não era viável, mas que ela acabou sendo construída.  “Conseguimos construir isso, isso não era viável há dois meses, um senador da república e outro pré-candidato a prefeito, eles convergiram. Eu como presidente do Democratas poderia ter lançado Zacharias Calil”, completou.

Histórico

Na história recente de Goiânia, o nome apoiado pelo governador de Goiás nas eleições para prefeito não consegue ter bom êxito. Caiado argumentou que é preciso ter uma chapa boa e um sentimento na população de eleger os nomes apresentados. Ele avaliou que não é válido a imposição de nomes.

“Em primeiro lugar o ponto fundamental para ter um resultado positivo é ter uma chapa encabeçada por duas pessoas e um sentimento da população e elegê-los. Não adianta impor chapa. Você tem o sentimento da população. Não é o apoio que faz ganhar uma eleição, é o perfil do candidato que faça ter uma convergência de forças para que se tenha condições para pedir votos e um sentimento de elegê-lo e hoje é o Vanderlan”, explicou.

PP

Ronaldo Caiado explicou ainda que espera contar com apoio do Partido Progressistas (PP). Ele relatou que conversou com o presidente estadual Alexandre Baldy, com o prefeito de Anápolis, Roberto Naves. A intenção é ampliar a base de apoio.

Interior

Nos locais onde não foi possível fechar um acordo político, Ronaldo Caiado disse que cada partido fará a sua campanha com respeito. Ele relatou que houve tentativa de acordo em vários locais e que semanalmente fez reuniões para avaliar a situação dos municípios.

“Eu faço todas as semanas reuniões, as quintas-feiras à noite, com três, quatro, cinco horas de duração, analisando cidade por cidade, já passamos pelos 246 municípios, aquilo que foi possível conciliar, fechamos acordo, onde não foi possível, cada presidente de partido entendeu que não houve nenhuma sobreposição, não se conseguiu cada partido avaliará a campanha eleitoral”, disse.

Caiado explicou ainda que ainda não definida a situação da base governista em Aparecida de Goiânia.