Sagres Em Tom Maior #338 apresenta nesta terça-feira (24) o 11º episódio da série Caminhos da Sustentabilidade sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8 (ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico) da Agenda 2030 da ONU. O tema tem foco na meta 8.B deste ODS, que prevê, até o ano 2030, desenvolver e operacionalizar uma estratégia global para o emprego dos jovens e implementar o Pacto Mundial para o Emprego da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

O professor especialista em Economia, Luiz Carlos Ongaratto, analisa a importância do processo de formação profissional junto com a educação e o momento de ruptura com a escola e o mercado de trabalho vivido por cerca de 11 milhões de jovens brasileiros, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), não estudam e não trabalham, os chamados “nem nem”. Confira a seguir

“Em algum momento houve uma ruptura. Essa ruptura acontece, muitas vezes, por questões familiares, principalmente em relação ao jovem que é levado a trabalhar para poder deixar a escola”, afirma.

O Pacto Mundial da OIT pede a governos e a organizações de trabalhadores e empregadores que atuem unidos para enfrentar a crise global de emprego com políticas que estejam alinhadas com o Programa de Trabalho Decente da OIT.

Ongaratto avalia que, sem oportunidades no mercado de trabalho, muitos jovens acabam optando por não voltar à escola, dilema resultante da situação econômica do país.

“O Brasil não está absorvendo mais trabalhadores, e ele entra em uma estatística de desemprego com o passar do tempo. Ele pode até buscar, inicialmente, um emprego, mas depois abandona mais essa tentativa. Para a escola ele não retorna porque se passaram dois ou três anos e ele também não vê motivo se ele não tem uma inserção no mercado de trabalho”, pontua.

Programas de aprendizagem, como o Jovem Aprendiz, da Renapsi, estão entre as oportunidades que milhões de jovens brasileiros possuem de ingressar no mercado de trabalho e estudar ao mesmo tempo.

“O jovem precisa abraçar esse programa, que é defendido pela ONU e pela OIT, porque ele pretende dar mais suporte a toda estrutura de trabalho e educação que envolve todo esse processo que não é simples, não há uma solução simples para empregar os jovens”, conclui.