A campanha de vacinação contra a poliomielite, que teve início no dia 15 de agosto e terminaria nesta segunda-feira (31), foi prorrogada até a próxima sexta (4). O motivo é o baixo índice de procura pela vacina. Em todo o país, apenas 70% das crianças entre 6 meses e 5 anos incompletos receberam a dose. Em Goiás, o índice é ainda menor, 64%.
Em entrevista ao programa A Cidade Fala, a enfermeira e técnica da campanha da Secretaria Estadual de Saúde, Lisjane Ribeiro Silvestre, reforça o dado de que a doença está erradicada no Brasil há 26 anos, e que este fator, embora positivo, pode levar parte da população a um desconhecimento e consequentemente, ocorre a baixa procura pela vacina. “Ainda temos casos da doença no mundo e, enquanto isso acontecer, é preciso continuar vacinando”, ressalta ela.
Ainda segundo Lisjane, os números da campanha em Goiás são preocupantes. Em todo o Estado, foram vacinadas 264 mil crianças, de um total de 390 mil. Na capital e em Aparecida de Goiânia, o índice é ainda menor, 46% e 40% respectivamente. A enfermeira lembra da importância de se prevenir contra a poliomielite “A circulação de pessoas em todo o mundo é grande, é uma doença que não tem cura e a única prevenção é a vacina. Ela pode causar uma paralisia que não é temporária, deixa sequelas e em alguns caso evolui para a morte”.
Com a prorrogação da campanha de vacinação até o final da semana, a Secretaria Estadual de Saúde acredita que deverá atingir a meta de 95% crianças imunizadas. Para tomar as duas gotinhas, a criança precisa ter recebido a primeira dose entre 2 e 4 meses de idade, que é injetável. Caso ela não tenha recebido esta primeira dose, não poderá tomar as gotinhas. O procedimento, nesta situação, é aplicar a injeção e só depois de 2 meses tomar a dose oral. Lisjane ressalta que a vacina, tomada corretamente protege a criança de forma permanente.