A cantora e compositora Bruna Mendez compartilhou no Tom Maior da última semana detalhes da sua trajetória na música, marcada por um caminho independente, construído com paciência, afeto e coragem. Natural de Goiânia, a artista do Jardim Guanabara 3 já levou sua voz para os palcos do mundo, incluindo o prestigiado canal Colors, referência global na curadoria de música autoral.
“Sou nascida e criada aqui mesmo, em Goiânia. Minha relação com a música começou meio tardiamente. Peguei um violão que meu pai mal tocava, que ficava guardado em cima do guarda-roupa, e fui aprendendo sozinha, no olho e na coragem”, contou Bruna, ao lembrar dos primeiros passos na carreira.
Autodidata, ela diz ter se interessado desde cedo pelo universo da produção musical e começou a se gravar em casa. Foi nesse ambiente íntimo e experimental que nasceu seu primeiro EP, Pra Ela, lançado em 2014 em parceria com o músico goiano Goiaba.
“Todos os meus discos foram feitos com calma. Eu acredito muito que música leva tempo. A gente precisa maturar, pensar. Só assim a gente consegue olhar pra trás com orgulho do que construiu”, afirmou.
Seu último disco, Nem Tudo é Amor, lançado em 2024, é um exemplo dessa maturidade artística. “É um álbum sobre pessoas que se relacionaram e deu tudo errado”, resume, com franqueza. Em contraste com seu primeiro trabalho mais abstrato e sensorial, este novo projeto mergulha em letras mais literais, diretas e emocionalmente densas.
Durante a entrevista, Bruna interpretou Temporal, uma das faixas do novo disco. A música, que mistura poesia cotidiana e intensidade emocional, também foi responsável por um dos maiores marcos de sua carreira até agora: sua participação no canal Colors, reconhecido por revelar artistas de todo o mundo.
“Recebi um e-mail que achei que era só uma newsletter. Deixei dois dias sem abrir. Quando li direito, vi que estavam me perguntando se eu tinha música inédita. Eu nem tinha, mas disse que tinha. Era uma sexta-feira. Prometi mandar na segunda. Corri pra compor”, relatou, rindo.
O resultado foi a escolha da música Temporal para ser apresentada no canal, com produção realizada fora da Alemanha, país-sede do projeto. “Foi a primeira vez que o Colors saiu do estúdio deles pra gravar fora. Gravamos em São Paulo. Foi tudo muito rápido, meio caótico até, mas deu certo. Foi uma loucura boa.”
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade
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