Um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, Carlos Alberto Torres faleceu nesta terça-feira (25), aos 72 anos, no Rio de Janeiro. Vítima de um infarto fulminante, de acordo com informações do canal Sportv. O ex-lateral da seleção canarinho ficou conhecido pela personalidade marcante e por ter sido o homem que beijou e levantou a Jules Rimet em 1970.
O ex-capitão da seleção brasileira tinha entre outras características a personalidade forte. Com nome e sobrenome de craque, Torres, entre os bastidores, chamava atenção dos companheiros e até mesmo o Rei Pelé já baixou a cabeça para escutar os conselhos do ex-lateral.
Nascido em 17 de julho de 1944, Carlos Alberto, como jogador, começou sua trajetória pelo Fluminense, seu clube de coração. Na equipe das Laranjeiras, Torres levantou três taças do Campeonatos Cariocas. Ele ainda defendeu equipes como Botafogo, Flamengo e New York Cosmos. Mas foi no Santos que ele viveu seu auge. No Peixe foram dois Brasileiros, um Torneio Rio-São Paulo e cinco paulistas conquistados.
Carlos Alberto Torres também tentou a carreira como treinador, onde ficou à frente de clubes como Corinthians, Flamengo e Atlético Mineiro. Como técnico, Carlos Alberto ganhou o Brasileiro de 1983 pela equipe rubro-negra, o carioca de 1984 pelo Fluminense e a Copa Conmebol de 1993 no comando do Botafogo.
Desfilando pelos gramados uma classe pouco vista entre os boleiros, Carlos Alberto Torres era reverenciado no mundo todo pelo seu passado. Muitos cronistas creditam a ele o posto de melhor lateral direito que o já defendeu as cores da Seleção Brasileira. Foi pela canarinho que Carlos Alberto levantou o título da Copa do Mundo de 1970. Ele teve a oportunidade de jogar ao lado de atletas como Edu, Clodoaldo, Jairzinho, Paulo Cezar Caju, Rivellino, Zico e Pelé.
Com poder de marcação acima dos demais, Carlos Alberto era conhecido por ser um jogador moderno no seu tempo. Atuo, além da lateral direita, como zagueiro. Era dono de uma habilidade rara, chute potente e subia ao ataque como poucos: um exímio elemento surpresa. Responsável por marcar a geração de 70, o capita, como era conhecido, marcou o último gol na goleada por 4 a 1 sobre a Itália, na final da Copa do Mundo de 1970.