A Agência Goiana do Sistema de Execução Penal iniciou as obras para ampliação da Casa de Prisão Provisória (CPP) no complexo prisional de Aparecida de Goiânia. O objetivo é aumentar a capacidade do estabelecimento em 128 vagas para receber os presos que estão nas delegacias de Polícia Civil em Goiânia e Aparecida.

Todas as delegacias têm a capacidade para receber cerca de 80 presos, mas têm hoje 350 pessoas. As novas vagas da CPP serão construídas aonde era um pavilhão de atividades, como a biblioteca e sala de trabalhos manuais, que não eram mais utilizados.

A ala feminina, com 146 mulheres, será transferida para as novas celas, e serão disponibilizadas 130 vagas para os presos que superlotam as delegacias. O presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal, Edilson de Brito, explica que a intenção é desafogar o sistema penitenciário.

“O objetivo é minimizar a lotação das unidades das delegacias especificamente da Polícia Civil. Temos hoje em torno de 340 presos com as Polícias Civis da capital, e o nosso objetivo é receber 128 nos próximos 60 dias, e temos uma gestão de construção de um anexo no segundo semestre. Temos hoje 657 vagas oferecidas na Casa de Prisão Provisória de Goiânia, estamos ampliando em 128, e depois em mais 300, tendo então 428, em torno de 80% de ampliação num único ano”, relata. 

Serão criadas duas celas para 38 presas, uma para 26, e seis celas com capacidade para quatro presas. A obra está prevista para ficar pronta até o mês de agosto, e tem o orçamento de R$ 150 mil. Edilson de Brito afirma que existe o projeto para que o anexo seja construído e entregue até o fim do ano.

Esta obra garantiria mais 300 vagas e custaria mais de R$ 9 milhões aos cofres do governo federal e estadual. O superintendente de Polícia Judiciária, Álvaro Cássio, afirma que a prioridade é tirar os presos que estão alojados nas delegacias especializadas, como a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), e Delegacia de Furtos e Roubos.

Segundo ele, o aumento de vagas no sistema penitenciário do Estado favorece as atividades da polícia civil. “Essa medida é um paliativo, pois ela sozinha não resolverá o problema. O objetivo da Polícia Civil sem dúvida nenhuma é esvaziar a delegacia”, declara.