Casais buscam autenticidade na hora de celebrar a união

Em meio ao mês dos namorados, cresce não só o número de pedidos de casamento, mas também o interesse por cerimônias mais personalizadas — e, com elas, a procura por celebrantes que criam experiências únicas. Um desses profissionais é Marcus Gouveia, ator, dublador e diretor artístico do Sagres Educa, que também atua como celebrante de casamentos, trazendo sua bagagem criativa e sensibilidade comunicadora para os altares mais inusitados.

“É muito engraçado, tudo começou com um pedido de amigos lá em 2003. Era um casal de atores e o casamento teve uma pegada cinematográfica, algo bem atípico. Eles me chamaram pra celebrar e eu topei. A partir daí, essa função foi crescendo”, relembra Marcus durante sua participação no programa Tom Maior, da Sagres TV.

Karol e Bruno também tiveram Marcus como celebrante (Foto: André Caetano)

Se antes a atuação era pontual e para amigos próximos, nos últimos anos, especialmente após a pandemia, Marcus viu o interesse por esse tipo de cerimônia aumentar. “Muitos casais vieram com a ideia de uma celebração diferente, ecumênica, fora da igreja. Eles querem algo que tenha a cara deles. E isso exige escuta, sensibilidade e criatividade”, explica.

Para ele, a função de celebrante é uma extensão natural do que faz como comunicador. “É quase como o trabalho de um jornalista. A gente precisa entrevistar o casal, entender sua história, o que eles esperam daquele momento. A cerimônia nasce desse encontro, dessa escuta.”

A proposta artesanal de Marcus vai além da personalização do discurso. Cada detalhe da cerimônia é pensado com carinho. Ele conta, por exemplo, o casamento de Márcio e Sarah, um casal roqueiro.

“Ela casou de preto e all-star azul. Ele, de roxo, porque ama o Coringa. Teve ritual das velas e uma surpresa: todo mundo acendendo a lanterna do celular ao som de Queen, como nos shows de rock. Ela disse que seria difícil fazê-la chorar, mas eu consegui.”

Marcus destaca a importância de os casais imprimirem sua identidade na celebração. “O casamento precisa ser do casal, não só uma vitrine para agradar convidados. É um momento único que merece autenticidade. Eles vão ver fotos e vídeos depois, mas o que vai ficar é o que foi sentido ali.”

Entre motos, jaquetas de couro e cerimônias com areia colorida, ele garante que não existe fórmula pronta. “Tenho minhas anotações com frases clássicas e poesias, mas só uso se fizer sentido pro casal. Cada celebração é um projeto novo.”

Até agora, ele já celebrou cerca de 12 casamentos — muitos de amigos, mas também de desconhecidos, indicados por quem já viveu a experiência. “É um trabalho de doação. Seja amigo ou não, coloco minha criatividade a serviço de um momento que é inesquecível para aquelas pessoas.”

Para cada casal, Marcus costuma preparar uma surpresa simbólica. “Teve um casal que gostava de bandas específicas. Dei uma toalhinha bordada com um broche de guitarra. Outro quis a cerimônia das areias, então prepararam um vaso que hoje faz parte da decoração da casa deles. São pequenos gestos que criam memórias duradouras.”

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