A paralisação das atividades esportivas vem causando grandes impactos nos clubes de futebol. Sem treinamentos e jogos, as agremiações não conseguem expor suas marcas de forma maciça e isso acaba provocando a perda de patrocínios e receitas. Desta forma a solução é buscar alternativas para se manter estabilizado financeiramente.
Por isso neste período, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) isentou os clubes de algumas taxas de inscrição e regularização de atletas, além de fazer repasses às equipes das séries C e D e também ao futebol feminino. Foram R$ 200 mil para cata time da terceira divisão (Vila Nova), R$ 120 mil para a quarta (Goiânia, CRAC e Goianésia) e R$ 50 mil destinados às equipes femininas (Atlético-GO).
“Quero salientar que nós oferecemos duas presenças dos árbitros em rodadas de jogos que ainda irão acontecer, o valor da primeira parcela em torno de R$ 900 mil e o repique que foi feito agora para que nesse período os árbitros também pudessem se manter. Lembrar também que fizemos um repasse antecipado de R$ 12 milhões para a Série B”, destacou Walter Feldman, secretário geral da CBF, em entrevista à Sagres 730.
Walter Feldman em entrevista exclusiva ao comentarista Charlie Pereira (Foto: Nathália Freitas/Sagres Online)
Segundo ele, a entidade responsável pelo futebol brasileiro também estuda uma alternativa para ‘socorrer’ equipes das duas divisões principais do campeonato nacional. A principal delas seria, inclusive, uma liberação junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Por outro lado, descartou uma novo repasse aos clubes das séries C e D neste momento.
“O presidente Caboclo tem trabalhado muito para conseguir uma linha de crédito, no intuito de dar uma sustentação financeira também para as séries A e B. Há também uma reivindicação das equipes que já foram beneficiadas e gostariam de receber mais, até porque a epidemia se prolonga. A nossa expectativa nesse momento é iniciar o processo, não há nada em relação a essas linhas de créditos que estão sendo buscadas e nem uma resposta, neste momento, para as séries que já foram atingidas”, explicou.
Feldman não entrou em detalhes, mas a informação que se tem é que a intenção é viabilizar empréstimos aos clubes, e que esses valores sejam repassados por bancos públicos. A ideia tem como base o impacto que o futebol tem no PIB (Produto Interno Bruto) e seria solicitada junto ao Governo Federal através da Comissão Nacional de Clubes (CNC).
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