Com a prorrogação, os vereadores podem seguir a investigação até o mês de outubro. “Isso mostra a necessidade de continuar investigando. Existe um conluio em Goiás que envolve usineiros, postos de combustível e precisamos averiguar valores e como funciona este cartel”, afirmou o presidente da Comissão, vereador Djalma Araújo, do PT.
Segundo ele, além de irregularidades na “tabela de preços” é preciso averiguar fatores relativos ao funcionamento dos postos de combustível. “Há postos que funcionam sem licença ambiental. Não dá pra alguns estarem dentro da legalidade e outros não”, destaca.
Djalma informou ainda que pretende solicitar à Polícia Civil os nomes de doze indiciados por crime contra ordem econômica na última quarta-feira (15). A Polícia Civil apresentou inquérito, que será encaminhado à Justiça, no qual aponta aumento abusivo do etanol entre janeiro e abril deste ano. “Vamos pedir a cópia do inquérito. A sociedade precisa saber disso”.
Usineiros negam irregularidades
Representantes de duas usinas foram ouvidos pelos integrantes da CEI nesta sexta-feira e negaram irregularidades na comercialização de combustível.
“Não houve prática de preço abusivo. O que aconteceu foi fruto do próprio mercado, da entressafra, a falta do produto nessa época e outros fatores como a grande quantidade de carros que foram produzidos e vendidos”, argumentou Dimas Martins Filho, procurador que representou a Centroálcool, de Inhumas.
Julio Capobianco, diretor de Operações da Usina Goiasa, de Goiatuba, também negou prática de preço abusivo. “O álcool é como o milho ou a soja, o preço é resultado da demanda e da oferta. Esse equilíbrio é que vai fazer o preço mais baixo ou alto”, alegou.