A Celg acertou e recebeu o empréstimo de R$ 1,9 bilhão da Caixa Econômica Federal, como parte do acordo de federalização da companhia goiana. Com o aporte, a expectativa é de regularizar a situação financeira da empresa, principalmente em relação a dívidas e encargos, e possibilitar investimentos que melhorem o fornecimento de energia elétrica à população de Goiás.

Dos quase R$ 2 bilhões, R$ 1,460 bilhão serão usados para substituição de dívidas, que resultam hoje em encargos de quase 20% ao ano. O novo empréstimo começará a ser pago em três anos, com juros fixos de 6,8% ao ano. Outros R$ 200 milhões serão usados para pagamento de ICMS ao Estado e aos municípios e os R$ 240 milhões restantes serão investidos diretamente no sistema de distribuição.

O presidente da Celg, Fernando Navarrete, explica que o novo empréstimo deve regularizar a Companhia e melhorar o serviço prestado. “Potencialmente falando, essa operação que foi liberada ontem, que já entrou na conta da Companhia, de R$ 1,9 bi, ela tira a obrigação da Celg Distribuição de pagar mensal da ordem de R$ 60 dos próximos três anos. O que dá um potencial de investimento em razão desta operação de R$ 700 milhões por ano nos próximos três anos”, diz.

De acordo com o presidente da companhia, talvez o impacto dos investimentos não seja sentido imediatamente, mas ele assegura que dentro de 24 meses, a Celg estará renascida.

Navarrete ainda acredita que, a partir de agora, não existe qualquer impedimento para assinatura do contrato de transferência acionária à Eletrobrás e federalização da Celg. As assembleias para aprovação da transação estão agendadas para a próxima semana.

O empréstimo federal de R$ 1,9 bilhão para a Celg terá para pagamento em 156 meses, com três anos de carência e juros de 6,8% ao ano.