Neste mês de março completa um ano que a Covid-19 chegou a Goiás. O vírus deixou e ainda deixa marcas. Vidas ceifadas, famílias desfeitas. Para o coronavírus não há distinção de ricos ou pobres, famosos ou anônimos com um efeito destruidor que interrompeu inúmeras trajetórias.

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Ele impôs a nós um novo normal, com mudanças no trabalho, no convívio, na relação entre as pessoas. O primeiro caso confirmado de Covid-19 no Brasil ocorreu em São Paulo, em 26 de fevereiro. Não sabíamos na época, mas termos como: “coronavírus” , “pandemia”, “Covid-19”, “quarentena”, lockdown”, e outros passaram a ser tão presentes no nosso dia a dia. Em terras goianas, a confirmação dos três primeiros casos de coronavírus no estado aconteceu duas semanas depois, no dia 12 de março de 2020. Às vésperas do fato, as autoridades não imaginavam a gravidade que estava por vir.

Infelizmente não só Goiânia, mas o mundo todo foi atingido severamente pela Covid-19. As três primeiras pessoas contaminadas em Goiás, foram mulheres, sendo uma de Rio Verde e outras duas de Goiânia. A moradora de Rio Verde de 61 anos foi a Espanha e teve contato com pessoas que testaram positivo para o coronavírus. Já as residentes na capital com idade de 31 e 38 anos foram para os Estados Unidos e Itália. A partir deste fato, as primeiras medidas foram anunciadas pelo governador Ronaldo Caiado. Decreto de emergência foi anunciado na data. O objetivo inicial era facilitar contratações sem seguir a rigidez da lei de licitações.

Desde então nada de aglomerações e os abraços, beijos, apertos de mão, foram deixando de ser presentes na vida das pessoas, tudo por conta da preservação da vida.

A falta de uma coordenação nacional para o enfrentamento da Covid-19, prejudicou tanto a Saúde, com estruturas de atendimento sobrecarregadas, milhares de mortos e ainda a economia que estagnou. Enquanto isso em Brasília foi constante o negacionismo presidencial contra a doença. Por muitas e muitas vezes Jair Bolsonaro minimizou efeitos da Covid-19.

Enfrentamos o pico da primeira onda em Goiás, o número de casos reduziu no final do ano, e uma nova onda veio com muita força no início do ano, após as aglomerações nas festas de final de ano. Até o último dia 24, o vírus já infectou 384 mil 773 pessoas, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Ao todo, 8.360 pessoas morreram por complicações do vírus. Durante a pandemia uma preocupação muito forte foi com a disponibilidade de uma estrutura de atendimento.

Para encerrar esta reportagem ainda o lembrete de esperança. Em 2020, a ciência quebrou seus próprios recordes e conseguiu o incrível feito de desenvolver vacinas em apenas um ano, graças a uma combinação de investimentos massivos, tecnologias de ponta e cooperação. Outro desafio foi de superar pensamentos negaciostas quanto a eficácia da vacina ou o uso de medicamentos sem comprovação científica, por enquanto, não há tratamento milagroso, e as medidas de distanciamento social são importantes. A vacinação em massa é uma das principais esperanças para vencermos o coronavírus.