Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados

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Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, o presidente ainda não saiu da campanha. Em entrevista no Manhã Sagres desta quinta-feira (8), o especialista avaliou os primeiros meses de gestão de Jair Bolsonaro à frente do Executivo Nacional. 

“Ele mantém a toada de campanha eleitoral. Eu imagino que algo que esteja em mente para ele seja a manutenção do eleitorado que o apoia, do eleitorado mais radicalizado. Tantos atos, as visitas que ele faz, para onde ele vai, quanto as declarações dele são no sentido de manutenção da polarização. É a manutenção de pelo menos 20% a 30% do eleitorado que o apoia”, afirma. 

Almeida analisou as pautas prioritárias do governo federal, como as reformas da Previdência e Tributária, e diz que o Congresso tem agido de forma independente na aprovação das propostas. 

“Coisas importantes que o governo enviou na reforma foram retiradas, como por exemplo a proposta de capitalização. É como se o Congresso tivesse dito ‘olha, eu vou aprovar a reforma que eu quiser. Eu não quero saber o que o governo defende, não’”, avalia. “O Congresso está tocando quase que independentemente a agenda legislativa do país, de grandes reformas”, complementa. 

Para Alberto Carlos Almeida, falta articulação política do presidente com o Congresso Nacional. “Tudo o que o governo quiser aprovar, ele aprova, desde que evidentemente haja articulação política”, afirma. “Não houve o cuidado necessário para caminhar com aquilo. Tem que negociar, tem que ceder”, pontua. 

O especialista analisa a montagem da equipe ministerial de Bolsonaro, e diz que o presidente peca nas escolhas em elação ao parlamento. “Não é uma montagem boa. Eu sempre digo, o ministério precisa estar soldado, colado na Câmara dos Deputados. Não está. O ministério não tem representantes indicados pelos líderes partidários que contemplem as bancadas dos maiores partidos, em particular os do Centrão. Isso no início de governo não é problema. Com o passar do tempo, pode se tornar um problema”, alerta. 

Curso à distância 

Alberto Carlos Almeida ministra o curso online “Quem Manda no Brasil”. As vagas são limitadas e as inscrições seguem abertas. Com três módulos, as aulas abrangem temas como política nacional e internacional, presidencialismo de coalizão e a importância do controle sobre Câmara e Senado. 

“É o primeiro curso online em Ciência Política do Brasil. É um curso cuja duração é de 10 horas e o título é esse ‘Quem Manda no Brasil’. O objetivo é levar informações para os alunos sobre o funcionamento da nossa política. Quando a gente vê foto de um iceberg, você vê a parte de cima que é pequenininha, que está acima da superfície da água, mas tem uma parte imensa que está embaixo. No curso eu vou revelar essa parte imensa que está embaixo”, afirma. 

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