Foto: Rodrigo Mello/Sagres On
Se o Goiás passou sufoco no segundo tempo até conseguir definir o placar nos acréscimos, não foi por opção do técnico. Claudinei Oliveira afirma que esperou que a equipe mantivesse a mesma pegada do primeiro tempo.
“Eles tiveram muito volume de jogo por bolas alçadas na área, foi uma ou outra jogada que eles conseguiram trocar passes na linha de fundo. Mas não foi nenhuma orientação nossa da equipe recuar. Nossa orientação foi para que mantivéssemos a mesma postura. Mas eles começaram a criar situações, a gente não estava conseguindo trocar dois, três passes para fazer a transição ofensiva para o contra-ataque”, analisa.
E foi exatamente em uma jogada pelo alto que o Ceará conseguiu chegar ao empate, depois de muita insistência e boas defesas do goleiro Tadeu, o estreante Thiago Galhardo desviou para as redes após lançamento longo da esquerda. Claudinei Oliveira afirma que, mesmo com muitos treinos de jogadas aéreas, o time carece de estatura em lances de bolas alçadas na área.
“Nós não temos uma equipe com a estatura tão elevada. Temos dois zagueiros que são altos, no ataque o Kayke não é tão alto, mas cabeceia bem, o Brandão já é alto, cabeceia bem, o Geovane, e para por aí. Então, em um universo de 10 jogadores, temos 5 que têm um jogo aéreo mais confiável, então você fica um pouco exposto”, avalia.
Por falar em estatura, o baixinho Michael voltou a ser um dos destaques no time esmeraldino. O camisa 11 foi decisivo na partida, e poderia ter aberto o placar mais cedo para o alviverde, não fosse boa defesa do goleiro Diogo Silva, em jogada individual do atacante, que começou no meio-campo. Para o treinador, o atleta precisa de uma sequência de boas apresentações para deslanchar na competição.
“A gente sabe do potencial e da velocidade dele, de puxar o contra-ataque, de chegar na frente do adversário. É inteligente, consegue acertar o passe para o companheiro, fazer assistência, está sendo incentivado a terminar a jogada. Se vai arrebentar na Série A, isso é jogo a jogo. Ele precisa saber que tudo o que ele fez, precisa fazer igual ou melhor”, conclui.