O deputado estadual Cláudio Meirelles (PR) concedeu nesta sexta-feira (05) uma entrevista exclusiva à Rádio 730, na qual analisou o atual cenário político goiano.

Desde o início do ano alguns parlamentares têm criticado o distanciamento do governo em relação às demandas dos deputados. Em recente entrevista à Rádio 730, o deputado Simeyzon Silveira (PSC) se queixou da falta de atenção dada pelo governo às emendas dos parlamentares.

A mesma queixa foi reforçada por Cláudio Meirelles, que apontou ainda as falhas na postura do líder governista na Assembleia, Francisco Oliveira (PSDB). “Eu vejo que o líder do governo também tem que ser o líder dos deputados, tem que ser o elo de ligação entre o governador e os parlamentares. A insatisfação na Assembleia é grande. As minhas emendas de 2014 eu já até perdi pra se ter uma ideia”, destaca.

Orçamento Impositivo

Tramita na Assembleia a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que torna impositiva a execução das emendas individuais dos parlamentares ao Orçamento do Estado de Goiás. O texto é proveniente da matéria de nº 3486/16, de autoria de Henrique Arantes (PTB), e conta com a assinatura de mais 23 deputados.

A PEC do Orçamento Impositivo propõe que o Executivo estadual seja obrigado a executar as emendas parlamentares ao Orçamento até o limite de 1,2% da receita corrente líquida realizada no ano anterior. Se a proposta estivesse valendo para 2017, o governador Marconi Perillo (PSDB) pagaria a cada um dos 41 deputados cerca de R$ 6,2 milhões em emendas. A matéria também prevê que metade do percentual será destinado a ações e serviços públicos de saúde, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. 

O deputado Cláudio Meirelles defende a aprovação da proposta. “O próprio governador Marconi, na época em que era senador pelo PSDB e fazia oposição ao governo do PT, tinha direito a uma emenda impositiva então porque nós também não podemos ter?”, indaga.

Permanência no PR

Cláudio Meirelles é filiado ao PR há mais de 20 anos e construiu boa parte de sua trajetória política estando no partido. Entretanto, Meirelles não deve candidatar-se pela legenda nas eleições de 2018 por causa de divergências quanto a decisões políticas tomadas pelo partido.

“Infelizmente o PR tomou duas medidas que eu não posso aceitar. Lá em Itapirapuã eu sou representante pelo terceiro mandato, nem deputado federal tem mais votos do que eu lá. De repente, o PR interveio no PR municipal de lá, tirou o partido e levou para os meus adversários políticos. Lá em Planaltina, o PR interveio da mesma forma e nós tivemos que entrar até na justiça. Eu estou sendo é expulso do PR”, argumenta o deputado.

Confira a entrevista na íntegra:

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