A Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) revogou Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) destinado a melhorar tecnologia na operação das linhas do corredor BRT Norte-Sul, em Goiânia.

O PMI previa a apresentação de estudos de Modelagem Técnica (Infraestrutura de Rede Lógica, Tecnologia da Informação, Transmissão de Dados, Ferramentas de Gerenciamento e de Monitoramento), Modelagem Operacional, Levantamentos e Dados de Viabilidade Econômico-Financeira e Jurídica com vistas à concessão da operação e gestão do corredor Norte-Sul.

O processo foi aberto, pois o Ministério Público Federal (MPF) havia recomendado à Prefeitura de Goiânia uma nova licitação no BRT. Apesar de ter sido lançado em 17 de janeiro de 2020, o PMI foi suspenso no dia 18 março do mesmo ano.

À época, a Viação Reunidas, que tem o direito de exploração do corredor, segundo o contrato entre o poder público e as empresas de transporte firmado em 2008, com validade de 20 anos, reivindicava a continuidade da operação.

Reunidas e CMTC chegaram a um acordo, como foi informado pela Sagres em 29 de julho de 2021. A CMTC alegou, que por conta desse processo judicial, o PMI perdeu interesse.

Operação

Os ônibus destinados para a linha do BRT já estão em Goiânia. São seis veículos: três da Viação Reunidas e três da Rápido Araguaia. Os veículos têm capacidade para levar, cada um, até cem passageiros por viagem.

A expectativa é que, juntos, realizem mais de 200 viagens por dia. O total de passageiros poderá chegar a até 36 mil passageiros.

O BRT Norte-Sul tinha previsão de entrega no final de 2016 e contemplava um corredor exclusivo com 21,8 quilômetros de extensão, que faria a interligação da região norte até a cidade de Aparecida de Goiânia.

Pela proposta original, ele seria composto por 93 ônibus, dos quais 28 eram articulados e 65, convencionais. Quatro linhas estavam previstas, a uma velocidade comercial estimada de 28 km/h. O investimento inicial previsto era de R$ 274 milhões.
Porém, como já apresentado pela Sagres, a obra sofreu aditivos e teve elevação no custo na ordem de R$ 54 milhões em seis anos.