O presidente da associação de cronistas esportivos de Goiás, Romes Xavier, em entrevista à Rádio 730, lamentou profundamente a morte do companheiro Valério Luiz, assassinato nesta quinta-feira (5). Romes está assustado e espera que o crime não seja motivado por conta das opiniões que ele emitia sobre futebol em sua atividade profissional. Há entre os colegas a sensação de que o crime tenha sido cometido devido aos desafetos acumulados por Valério no meio futebolístico. 

“Assusta, assusta a categoria, você não sabe até que ponto você pode emitir uma opinião, até então considerávamos tranquilo emitir opinião sobre determinado time, de um jogador, dirigente, torcedor”, comentou.

Apesar do temor, Romes está confiante no trabalho da polícia goiana, que prometeu empenho para solucionar o caso. O produtor e apresentador da Rádio Jornal, Paulo Vitor, esteve durante toda a manhã com Valério Luiz e se chocou muito com o assassinato.

De acordo com Paulo Vitor, o colega estava alegre e trabalhou normalmente. Segundo informações, ainda não comprovadas, Valério estava recebendo ameaças nas últimas semanas, Paulo não confirmou e diz que não viu mudanças no comportamento do radialista.

“O Valério é muito reservado, eu o considero meu amigo e ele estava muito alegre”, comentou. “Comigo ele era o mesmo e a conduta dele na rádio era a mesma no dia a dia”, completou.

Paulo Vitor confirmou que chegou a ouvir os disparos, mas achou que eram foguetes. Em seguida os funcionários da rádio saíram para a rua e perceberam o crime. “É lamentável, a rádio, os colegas estão em choque, a família também. O pai dele, Mané de Oliveira estava em desespero”, destacou.

Daniel Santana, jornalista esportivo que trabalhava com Valério ressaltou que todos os cronistas esportivos estão indignados com o fato. O jornalista espera que o autor seja encontrado. “A gente fica ainda mais chocado por não entender os motivos que levam este crime”, ressaltou.

Daniel espera que o crime não esteja relacionado à futebol, pois será ainda mais lamentável. “Se este homicídio tiver relacionado a futebol a gente tem a consciência de que isso não pode continuar”, destacou.