A nova série de reportagens e entrevistas da Sagres, Repense, segue com o objetivo de trazer a conscientização sobre o descarte e destinação corretos do lixo que é produzido por pessoas e empresas, e que está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 12 ”Consumo e Produção Responsáveis”, da Agenda 2030 da ONU.

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Nesta quinta-feira (17), o quadro Caminhos da Sustentabilidade contou com a presença do jornalista do Sistema Sagres de Comunicação Rafael Rodrigues, a coordenadora de Expansão da Demà/Renapsi, Vânia Rodrigues, e do professor, doutor e coordenador do Laboratório de Combustível e Energia da Universidade de Pernambuco, Sérgio Peres.

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”Em Pernambuco, 30% das emissões de gases de efeito estufa são oriundos da parte de aterros e lixões. Ainda tem a parte de afluentes e esgoto que também são grandes emissores de metano. Lembrando que o metano tem um poder de aquecimento global 28 vezes maior que o CO2 [gás carbônico]”, afirma o professor.

Sérgio Peres acompanhou a reportagem de Rafael Rodrigues, que aborda o tratamento de resíduos realizado pela Central de Abastecimento de Goiás, a Ceasa, localizada em Goiânia. Principal interposto de comércio de alimentos perecíveis da região centro-norte do brasil e a quinta do ranking nacional, a Ceasa possui um projeto para a construção de um biodigestor, e que aguarda apenas um aporte financeiro do governo estadual para inciar o funcionamento.

”[O biodigestor] Além de gerar biogás, pode transformar em biometano, usar em transporte, pode usar na geração de energia elétrica”, avalia Peres.

O biodigestor é um equipamento utilizado para acelerar o processo de decomposição da matéria orgânica através da ausência de oxigênio. Esse processo é denominado biodigestão, que entre suas vantagens o reaproveitamento do resíduo orgânico, a produção de fertilizantes e biogás.

A coordenadora Vânia Rodrigues destaca a importância de incorporar o ODS 12 à rotina de estudos e trabalho dos jovens aprendizes atendidos pela Renapsi em todo o país.

”Estamos trabalhando com os nossos jovens os ODS, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, chamando a atenção para o cuidado conosco e com o outro, de forma crescente e através de um consumo e descarte conscientes, reduzindo desperdício de alimentos, manejando resíduos químicos de maneira responsável”, afirma.

Para Sérgio Peres, é preciso que os países invistam cada vez mais em políticas públicas de incentivo à destinação adequada de resíduos, e que isso deve começar cedo, na escola mesmo, com crianças e jovens.

”Estudantes são propagadores de ideias. A escola, em qualquer nível seja fundamental, médio ou superior, é que vai fomentar o conhecimento. Quando se tem esse conhecimento, você pode trabalhá-lo”, conclui.