Já se passaram pouco mais de dois meses da importante vitória sobre a poderosa Espanha por 3 a 0 e a conquista da Copa das Confederações, mas o técnico Luiz Felipe Scolari quer seus comandados lembrando dela como se fosse ontem. Para tentar dar um ar de jogo oficial à um amistoso, a Seleção Brasileira encara a Austrália neste sábado, às 16h15, em Brasília, no Estádio Nacional Mané Garrincha, onde tudo começou na Copa das Confederações.
Até por isso, Felipão quer o público brasileiro ao seu lado e ao lado dos jogadores, que dessa vez, tiveram mais tempo de treinar juntos, já que se apresentaram na segunda-feira. Só que o trabalho foi prejudicado com os cortes de Daniel Alves, Hulk e Fred, e a contusão de Oscar na quinta-feira. Aliás, sobre o meia do Chelsea, apesar dele não ter participado do último treino, existe uma chance remota dele ir à campo.
“O Oscar dificilmente terá condições, mas não posso vetá-lo hoje, porque ele vem fazendo um trabalho intensivo de recuperação, e pela dedicação dele, não descarto a possibilidade, mas se tiver algum risco, ele não joga. Todos os jogadores que jogam nessa posição estão sendo observados. Amanhã, se não tiver o Oscar, tenho o Ramires, que joga nessa posição, tenho uma possibilidade de jogar num sistema diferente, abrindo quatro jogadores de meio e dois atacantes, por exemplo”
Sem Oscar, o escolhido será mesmo Ramires, que já atuou uma posição parecida no Chelsea e também no Cruzeiro, conforme afirmou Felipão. Outra novidade está na lateral direita, com a volta de Maicon, jogador que não era convocado há mais de dois anos. No ataque, as novidades, que jogarão ao lado de Neymar, são Jô e Bernard, dupla de sucesso no Galo durante a Libertadores. Se Felipão tem um time novo, fez questão de reforçar a necessidade de um espírito antigo.
“A Copa das Confederações, a dificuldade do torneio, cria um ambiente diferente de um amistoso e estamos tentando reviver essa situação. Tomara que a gente possa continuar o ambiente que foi vivido por jogadores, comissão técnica, imprensa e principalmente os torcedores. Não sei se eles estão imbuídos do mesmo espírito, mas se mostrarmos dentro de campo aquela vontade, que estamos organizados, que temos uma boa equipe, provavelmente o torcedor vai estar conosco novamente”
Do lado australiano, o mistério parece ser a arma para o sucesso. Desde segunda-feira em solo brasileiro, os australianos realizaram treinos fechados e o técnico Holger Osieck fez suspense, sem revelar qual será o time que entrará em campo. Certo é que o principal jogador, o meia Tim Cahill, sequer viajou para Brasília, apesar de convocado, pois se lesionou em seu time nos EUA. Mesmo admitindo a superioridade brasileira, o capitão da equipe, Lucas Neill, não se assusta com a habilidade de Neymar.
“Neymar tem um talento magnífico, mas é só um dos 150 mil bons jogadores que existem no Brasil. Cabe a mim e à minha equipe jogar bem e fazer a nossa parte para realizar o melhor jogo possível contra eles”.
FICHA TÉCNICA
BRASIL X AUSTRÁLIA
Local: Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data/Hora: 7/9/2013, às 16h20
Árbitro: Enrique Cáceres (FIFA – PAR)
Assistentes: Milcíades Saldivar e Juan Zorrilla (FIFA – PAR)
BRASIL: Julio César, Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Ramires; Bernard, Neymar e Jô. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
AUSTRÁLIA: Schwarzer, Williams, Neill, Ognenovski e McKay; Jedinak, Bresciano, Kruse, Holman e Oar; Kennedy. Técnico: Holger Osieck
