Após a eliminação para o Grêmio Anápolis nos pênaltis na semifinal do Campeonato Goiano, na noite do último domingo (9), no estádio Antônio Accioly, o presidente do Atlético Clube Goianiense, Adson Batista, reiterou que confia no trabalho do técnico Jorginho. Na entrevista coletiva após o jogo, o treinador rubro-negro ressaltou a seriedade do dirigente atleticano e o comparou com um dos maiores personagens do futebol brasileiro.

“Isso mostra a seriedade no trabalho e planejamento. O planejamento pra um ano não pode ser interrompido com uma derrota nos pênaltis, após um jogo difícil, depois de viagens e jogos constantes. É extremamente gratificante ouvir isso de alguém sensato. Enquanto, no futebol brasileiro, não entenderem que não é o resultado apenas que pode definir o futuro de um treinador, mas sim o trabalho diário, que pode ser pesado na balanço. Eu tive o privilégio, posso falar isso, porque tive um presidente, que foi o Eurico Miranda, um cara firme, sempre seguro, mas que infelizmente falaceu, e o Adson é da mesma forma de ser e trabalhar. O presidente Adson é muito presente em todas as decisões, me respeita muito em todas as decisões que tomo, então acho que dessa forma as coisas fluem muito bem. Respeito muito a hierarquia, mas ao mesmo tempo, meu presidente, respeita muito até onde ele pode ir”, explicou Jorginho, que lamentou a perda do tricampeonato, mas mostrou confiança para a sequência da temporada.

“Na realidade o tricampeonato era uma prioridade, mas por causa dos jogos em sequência, com um elenco enxuto, porém de qualidade, sempre tivemos que tomar decisões conjuntas, com os médicos, pessoal da fisiologia e preparação física, presidente, analisando o que era melhor para o grupo e fomos eliminados nos pênaltis. Mesmo assim, estou muito confiante de que teremos um ano muito feliz”.

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Jogo e desgaste

Na análise do jogo – vencido por 2 a 1 pelo Atlético – Jorginho valorizou o trabalho feito pelo técnico adversário, Cléber Gaúcho, que classificou o Grêmio Anápolis pela primeira vez à final do Campeonato Goiano.

“Sabíamos que a equipe do Grêmio jogaria numa transição ofensiva, aproveitando uma “casquinha” e conseguindo uma finalização. Realmente a gente se expõe, marca individualmente e sempre que acontece uma ligação direta, definimos o homem da sobra, mas marcamos em linha e eles fizeram o gol, mas a equipe teve poder de reação, encontrou um time muito fechado, e o Cléber Gaúcho tá de parabéns pelo trabalho que vem fazendo. Tentamos de todas as formas, não desistimos e colocamos todas as opções ofensivas”, disse Jorginho, que também lembrou do desgaste do elenco atleticano como mais um fator de dificuldade no jogo da semifinal.

“Tivemos oito dias pra quatro jogos, então a nossa equipe foi a mesma de quinta-feira, nos entregamos ao máximo, mas infelizmente não foi suficiente. O grupo está de parabéns pelo trabalho que realizou, lamentamos muito pelo torcedor, pelo presidente, por a gente não conseguir esse tricampeonato inédito. Temos competições importantes pela frente, é fundamental fazermos um grande Campeonato Brasileiro e quem sabe adquirir uma competição melhor do que no campeonato passado”.

Pênaltis

Com a vitória do Atlético por 2 a 1 no tempo normal, a decisão da vaga para a final foi nas penalidades. O Grêmio desperdiçou a primeira com o lateral direito Baiano, que bateu para a defesa de Fernando Miguel, enquanto os rubro – negros erraram com Janderson e João Paulo, que acertaram a trave o travessão respectivamente. Questionado sobre o aproveitamento do goleiro Fernando Miguel, Jorginho o defendeu.

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“Tenho grandes goleiros. Ele foi o único que defendeu um pênalti. O goleiro deles não pegou nenhum. Pênaltis, não tem como você julgar alguma atuação. O Fernando Miguel é um goleiro que deixa o batedor intranquilo, mas infelizmente não foi como a gente esperava”, finalizou.