O fracasso do Brasil na Copa do Mundo 2014 já fez sua primeira vítima. O técnico Luis Felipe Scolari, Felipão, entregou o cargo de técnico da Seleção à CBF logo após a disputa do terceiro lugar, última participação brasileira no Mundial. Com ele, toda comissão técnica, incluindo o coordenador Carlos Alberto Parreira, será dissolvida para um novo trabalho começar.
Com isso, vários nomes surgiram para comandar o Brasil nos próximos desafios. O primeiro deles, já no dia 5 de setembro, amistoso contra a Colômbia, em Miami. Depois, virão os torneios oficiais: Copa América e Eliminatórias da Copa 2018. Os principais nomes são: Tite, Muricy Ramalho, Cuca, e até alguns estrangeiros, como José Mourinho, hoje técnico do Chelsea.
Alguns jornais europeus noticiaram inclusive que o treinador português já teria sido contatado por membros da CBF, mas recusou o convite de comandar a Seleção Brasileira antes de 2017, ano em que termina seu vínculo com a equipe inglesa. Caso o convite volte a ser feito no ano citado, José Mourinho não pensaria duas vezes em assumir o comando da Amarelinha.
Porém, a data é vista como muito distante pela CBF, e então nomes como o de Tite e Muricy Ramalho aparecem como favoritos. O primeiro é o nome forte, depois de fazer muito sucesso comandando o Corinthians entre 2010 e 2013, quando conquistou o inédito título da Libertadores da América, um Campeonato Mundial de Clubes e um Campeonato Brasileiro.
Ele já é velho conhecido dos brasileiros, já que treinou outras várias equipes do futebol nacional, com destaque para Internacional, Atlético Mineiro, Grêmio e Palmeiras, onde também teve passagens de sucesso. Tite é visto hoje como o treinador brasileiro mais moderno e com maior conhecimento tático, o que o credencia a assumir a Seleção.
Porém, Muricy Ramalho também é um nome muito ligado à Seleção pela magnífica campanha que fez com São Paulo, sendo tricampeonato brasileiro nos anos de 2006, 2007 e 2008. Além disso, o treinador foi campeão brasileiro mais uma vez com o Fluminense, em 2010, e levou o título da Libertadores da América com o Santos de Neymar e Ganso, em 2011.
O treinador multicampeão foi convidado oficialmente a assumir a Seleção Brasileira em 2010, logo após a saída de Dunga, eliminado na Copa da África do Sul, porém, não foi liberado pelo Fluminense e acabou recusando a proposta. Mano Meneses, então técnico do Corinthians, foi quem assumiu no seu lugar.
Correm por fora também Cuca, hoje treinando na China, mas atual campeão da Libertadores com o Atlético Mineiro, e Pepe Guardiola, comandante do Bayern de Munique. O espanhol, que teria que vencer a barreira anti-estrangeiros que perdura na cúpula de comando da CBF, também é visto com bons olhos pelos brasileiros e já declarou que não recusaria um convite.
Apesar de tanta especulação, nenhum nome foi confirmado e cabe aos torcedores brasileiros esperar para ver qual será a linha de raciocínio seguida pela CBF. Uma reformulação no futebol brasileiro, começando do futebol de base, e aposta em técnicos estrangeiros consagrados mundialmente, ou a manutenção de um pensamento mais caseiro que prioriza a total “brasilidade” no comando da Seleção Nacional de Futebol?