Foto: Reprodução/SagresTV
Já são oito meses de obras. Foi no dia 1º de abril que teve início a construção da trincheira da Rua 90 com a Avenida 136. Pelo cruzamento, passavam 100 mil veículos por dia. Muitos agora têm de desviar.
Fábio Magalhães faz entregas com moto e tem que passar pelo cruzamento várias vezes por dia, e relata as dificuldades do dia a dia por conta das obras. “Nos horários de pico, é um desafio circular por aqui. É tanto veículo junto que estes dias, um carro esbarrou em mim e caí”, afirma.
A prefeitura diz que a obra está dentro do cronograma previsto em contrato, que 90% já estão prontos, e que manteve para o próximo dia 30 a previsão de conclusão. As pistas da trincheira estão sendo concretadas.
Insatisfeitos, comerciantes procuraram ajuda da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/GO). Ele dizem que na região, cerca de 40 lojas fecharam as portas ou mudaram de endereço, porque as vendas caíram entre 50 e 60%. A situação é mais complicada no trecho entre as obras do cruzamento da Rua 90 com a Avenida 136 e o local onde está sendo construído um outro viaduto: no cruzamento das Avenidas Jamel Cecílio, Leopoldo de Bulhões e Marginal Botafogo.
Alessandro Pereira de Faria tem uma loja de conserto de celulares. Ele conta que a esposa o ajudava. Com o movimento bem menor, ela agora fica em casa com os filhos e assim o casal não precisa mais pagar alguém para ficar com as crianças.
“O que nós queremos é que a Prefeitura divulgue que o acesso está liberado aqui para a região. As placas e anúncios dizem o contrário, pedem para motoristas evitarem, usarem desvios”, afirma.
Amarildo Filho é o presidente da Comissão de Obras Públicas Paradas e Inacabadas, e diz que OAB está intermediando uma reunião dos comerciantes com a Prefeitura, prevista para esta semana.
“A gente acredita que com o diálogo será possível achar soluções que minimizem os prejuízos e transtornos enfrentados por lojistas. Vamos também procurar ajuda do Ministério Público. Entrar com ação na Justiça seria uma última hipótese, até porque uma decisão judicial pode demorar e os comerciantes precisam de soluções imediatas”, argumenta.
Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) afirma que durante todos os meses da construção, representantes do consórcio executor se reuniram semanalmente com lojistas e moradores para discutir o andamento da construção e encontrar soluções para as demandas. Já a OAB lembra que convidou três representantes da Prefeitura para a reunião que ocorreu semana passada, mas ninguém compareceu.
Confira a reportagem de Silas Santos
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Foto: Reprodução/SagresTV