Por quatro votos a dois, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal aprovou o projeto de atualização da Planta de Valores Imóveis e aumento do IPTU. O texto da prefeitura de Goiânia será apreciado nesta quinta-feira em primeira votação no plenário, antes de ser analisado pela Comissão de Finanças e, depois, em segunda e última votação em plenário.

O projeto define isenção no imposto ou apenas o reajuste da inflação para pouco mais de 80% dos imóveis, enquanto os outros 20% dos contribuintes teriam aumento entre 5% e 15% acima da inflação.

Na Comissão, votaram contra os vereadores de oposição Djalma Araújo (SDD) e Cristina Lopes (PSDB). Os favoráveis foram Edson Automóveis (PMN), Cida Garcêz (SDD), Paulo da Farmácia (PROS) e Eudes Vigor (PMDB).

Djalma Araújo lamentou a derrota e argumenta que toda a população deveria ter apenas o reajuste da inflação. “Quais as melhorias nós temos na cidade de Goiânia? A saúde, o transporte coletivo estão funcionando? Esse dinheiro será aplicado em melhorias para a população? Essas são as grandes questões. Como eu já tinha questionado com vocês, aumentou tudo no município de Goiânia e a população não suporta mais pagar tantos impostos, porque a carga tributária da cidade, de Goiás e do país é muito grande. O correto seria acompanhar o índice da inflação na planta de valores apresentada pelo prefeito de Goiânia”.

O presidente da CCJ, Elias Vaz (PSB), também é contra o projeto, mas avalia que a prefeitura fez correções importantes no texto. “Embora seja contra o projeto, pois acho inoportuno qualquer tipo de aumento no IPTU, dois fatos estavam nos causando preocupação. Do jeito que estava, havia a duvida caso não houvesse nenhuma iniciativa do prefeito se ele poderia aplicar a planta de valores, o que significaria um aumento de quase 100%.  E, com a emenda, foram solucionados”.

O líder da base do prefeito Paulo Garcia (PT), vereador Carlos Soares (PT), acredita que o grupo terá maioria em plenário para aprovar o projeto de aumento do IPTU até antes do próximo dia 20 de dezembro. “Estou confiante que vamos aprovar, visto o tamanho da discussão. Estamos a meses tentando construir esse projeto junto com a base, com a prefeitura  e com alguns segmentos organizados da cidade que discutiram conosco”.

*Informações de Rubens Salomão