(Foto: Divulgação / Governo de Goias)
O governador Ronaldo Caiado (DEM) descartou a possibilidade de iniciar a cobrança de uma taxa ambiental na conta de água da população da Grande Goiânia. A confirmação foi apresentada por nota pouco depois de a medida ser anunciada na primeira reunião do Comitê Permanente de Gestão Integrada para o Enfrentamento da Crise Hídrica na Bacia Hidrográfica do Alto Meia Ponte.
O comitê debateu estratégias de médio e longo prazos para aumentar a produção de água do manancial que abastece 10 municípios da região metropolitana. Entre as propostas apresentadas está a cobrança de uma taxa ambiental na conta de água da população. A Secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) do Governo de Goiás, Andréa Vulcanis, destacou que a recuperação da bacia tem um custo, e que o grupo estudaria essa e outras medidas para bancar os investimentos necessários.
“A revitalização da bacia tem um custo de investimento, precisa fazer cercamento, replantios, viveiros, uma série de ações que precisa ter recurso”, afirmou. “Esse recurso tem que ser buscados nas fontes disponíveis, como fontes vindas dos royalties hidrelétricas, como a cobrança pelo uso da água e inclusive a possibilidade de uma tarifa socioambiental que garanta que o consumidor urbano contribua, não só para o consumo água que ele consome, mas também para recuperar a bacia da onde vem a água consumida”, completou.
O comitê foi criado no dia 10 de setembro pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e é composto por 20 membros convidados que representam o primeiro, segundo e terceiro setores. Entre eles a Saneago, o Conselho Estadual de Recursos Hídricos, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Meia Ponte, a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (Faeg), a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Ministério Público e prefeitos dos municípios banhados pela bacia, entre outras entidades e instituições.
O comitê permanente deve se reunir daqui a 15 dias para deliberar sobre as propostas apresentadas. Enquanto isso, o presidente da Saneago, Ricardo Soavinski, aponta que, no curto prazo, é importante que a população realize o uso consciente da água. Ele aponta o papel que pode ser desempenhado pela estatal na recuperação da bacia do Rio Meia Ponte.
“A Saneago já tem algumas experiências, não só na Bacia do Meia Ponte, mas no João Leite e em outras pelo Estado, logicamente a Saneago está totalmente à disposição para contribuir tecnicamente, da maneira que for necessário, até porque a água que nós tratamos e levamos para toda a população ela vem da natureza”, ressaltou. “Investir na conservação dos ecossistemas de onde vem a água, ou seja, na conservação das nascentes, na recuperação das matas ciliares é fundamental e a Saneago estará presente em todos os programas”, pontuou.