Junior Kamenach
Junior Kamenach
Jornalista, repórter do Sagres Online e apaixonado por futebol e esportes americanos - NFL, MLB e NBA

Como é o dia a dia de quem é voluntário em um hospital

Um grupo de voluntários tem feito a diferença na vida de centenas de pessoas em Goiânia. São os Hospitalegres, uma organização que começou suas atividades em 2015 e hoje conta com mais de 140 voluntários dedicados a levar alegria, carinho e apoio a hospitais, abrigos, lares de idosos e instituições carentes da capital.

Durante a edição de quarta-feira (11) do programa Tom Maior da Sagres TV, a coordenadora do grupo, Ana Clara Jordão, compartilhou a missão do projeto e como o voluntariado se tornou parte essencial de sua vida. “Nós fomos criados em 2015 e hoje temos ações que vão muito além dos hospitais. Arrecadamos alimentos, brinquedos, agasalhos. Tudo para levar o bem a quem precisa”, contou.

Estudante de psicologia e voluntária há pouco mais de um ano, Ana Clara revelou que conheceu o projeto pelas redes sociais. “Sempre fui muito empática, desde criança participava de ações sociais na igreja com minha família. Quando encontrei o Hospitalegres no Instagram, vi ali um espaço para fazer o bem com propósito”, explicou.

O trabalho dos voluntários não se limita a datas comemorativas como o Natal ou o Dia das Crianças. Durante o ano todo, o grupo organiza campanhas de arrecadação e realiza visitas regulares. “A nossa sede abriga fantasias, roupas e doações. A cada ação, levamos tudo o que arrecadamos com muito amor”, disse Ana.

Para ela, o impacto do voluntariado é mútuo. “Costumo dizer que não são eles que precisam de mim, sou eu que preciso deles. Cada sorriso, cada abraço, me enche de gratidão. Todo mundo deveria experimentar essa sensação.”

A edição do Tom Maior também destacou outro exemplo inspirador de solidariedade: o trabalho de João Batista da Silva, capelão evangélico do Hospital Araújo Jorge há mais de 20 anos. Ele compartilhou como começou sua trajetória por acaso, ajudando a carregar uma garrafa de chá, e acabou encontrando uma vocação de vida.

“Hoje eu não quero mais sair. Comecei sem querer entrar e agora é minha missão. Nós levamos apoio espiritual e social aos pacientes. Às vezes é só conversar, ouvir, fazer um corte de cabelo. Mas isso muda tudo”, afirmou João.

Ele coordena uma equipe de cerca de 17 pessoas e já atuou até mesmo no setor de transplante de medula óssea, sendo o único voluntário com acesso ao local. “O sorriso deles é o nosso combustível. A gente chega e eles estão tristes, mas basta uma conversa, uma canção, e tudo muda.”

João acredita que o segredo está na disposição de servir. “Tem espaço para todo mundo ajudar. Seja com tempo, com um gesto, com uma cesta básica. As necessidades aparecem quando você se dispõe.”

Ana Clara revelou que os voluntários dos Hospitalegres também estão engajados na doação de sangue. “Neste sábado vamos doar sangue no Hospital Araújo Jorge. A equipe se disponibilizou a nos receber. Quem quiser se juntar a nós está convidado.”

“O trabalho aqui vicia”, disse João. “Mas é um vício que ninguém precisa largar. A gente vai pra doar, mas é a gente que sai de lá beneficiado”, completou.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar

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